Luís Freire: «Hassan? Feliz o treinador que pode trabalhar com estes jogadores»

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No rescaldo ao triunfo na receção ao Arouca (1-0), Luís Freire salientou a «alma» do seu grupo, dotado de uma rápida adaptação, ora tática, ora pessoal.

«Todos os analistas e staff procuram ajudar os novos jogadores a entenderem as ideias, tal como a cultura do Rio Ave. Em pouco tempo construímos essas relações e procuramos passar a mensagem de que devemos dar o máximo. Sem isso, não teríamos conseguido alcançar as duas vitórias. Tivemos 11 homens a pensar da mesma forma, o que não é fácil. O segredo está na alma», começou por referir, em conferência de imprensa.

Quanto a detalhes estratégicos, o treinador dos vilacondenses admitiu que o plano ficou por cumprir no primeiro tempo, fruto do nervosismo.

«Teremos de ter mais paciência na circulação da bola, porque o Arouca esteve organizado. Só a partir do remate do Tiago Morais [aos 35m] é que a equipa começou a olhar para a baliza. Aí começamos a ser mais perigosos, até ao golo, premiando uma recuperação do Tiago Morais e a velocidade do Clayton», explicou.

Inaugurado o marcador, Luís Freire garante que o encontro poderia ter ficado «fechado» por volta da hora de jogo.

«Na segunda parte ajustamos a pressão, com recuperações altas, com oportunidades para fazer o 2-0 no reatar do encontro. A equipa precisa de estabilidade e defendeu bem. O Fábio Ronaldo entrou bem, o Morais e o Clayton trabalharam bem, e outros saíram esgotados. Quando jogamos ante equipas com o mesmo objetivo, há espaço para reforçar dinâmicas, como as saídas com quatro.»

«Na pressão vamos variando a linha, por vezes com quatro elementos. Vamos melhorar. O mérito é dos jogadores, porque é difícil criar esta união em poucas semanas. Os jogadores têm qualidade acima da média», acrescentou.

Questionado pelo Maisfutebol quanto à inclusão de Hassan entre os titulares, Freire esclareceu que o avançado egípcio poderá fazer dupla com Clayton.

«Tivemos esse formato na última época, o que poderá voltar a acontecer. Queremos os jogadores equilibrados nas posições e o Hassan vai acrescentar qualidade por dentro.  É um jogador finalizador e vai voltar a brilhar em Vila do Conde. Portanto, poderemos combinar os dois. Com a dinâmica que vejo no balneário, todos poderão ajudar. O Hassan terá de continuar o seu trabalho e feliz o treinador que pode trabalhar com estes jogadores. Estes e os mais jovens. Todos terão de trabalhar para ajudar o grupo. Agora, é preciso tempo e tranquilidade», rematou.

O Rio Ave ascendeu ao nono lugar da Liga, com seis pontos. Ao cabo de duas vitórias caseiras, o regresso à competição acontecerá na tarde de 14 de setembro (18h), na Vila das Aves, diante do AVS (11.º).

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