Luís Godinho: «A liberdade que Abril nos deu foi traída»

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Luis Godinho tomou posse, esta quinta-feira, como presidente da Assembleia Geral da APAF (Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol), substituindo Artur Soares Dias. O árbitro de 38 anos da AF Évora abordou as críticas constantes à profissão que desempenha, relembrando as conquistas de abril.

«A liberdade que Abril nos deu foi traída. Cada um diz o que se pensa, sem pensar. Poucos são aqueles que medem as suas palavras e o impacto que têm. Foi com contentamento e responsabilidade que aceitei este desafio. É uma oportunidade única para contribuir para o crescimento e fortalecimento da arbitragem portuguesa, para haver mais e melhor formação, melhores condições e humanização da figura do árbitro, que muitos esquecem que são pais de família», começou por referir.

Godinho apontou também para o número de árbitros agredidos na época transata e na atual, frisando que este tipo de comportamentos não pode ter espaço na sociedade atual: «Foram agredidos 37 árbitros na época passada. Esta época, já vamos com 10. Pouco ou nada foi feito a favor da vítimas. São ações praticadas por pessoas cobardes sobre árbitros jovens. Todos temos dias maus. Independentemente de quem cá esteja ou de sermos os melhores ou os piores do Mundo a desempenhar esta função, o que não pode acontecer é a seriedade, honestidade e profissionalismo do árbitro serem sistematicamente colocados em causa.»

Na cerimónia acolhida pela Cidade do Futebol, onde foi anunciada a nova direção da APAF, marcaram presença José Couceiro, vice-presidente da FPF; Luciano Gonçalves, reconduzido no cargo de presidente da APAF; Fontelas Gomes, presidente do Conselho de Arbitragem e ainda Pedro Proença, presidente da Liga de Clube. A cerimónia foi efetuada no mesmo dia em que foi anunciada a presença de árbitros portugueses no VAR da Liga Turca.

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