Lukashenko diz que vai assinar com a China um acordo de livre comércio

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Vários documentos importantes destinados a reforçar a parceria entre Minsk e Pequim serão assinados durante essa rara viagem de Li Qiang à Bielorrússia, a primeira desde 2015, segundo Lukashenko.

"Um desses [documentos] poderia certamente ser descrito como histórico. É um acordo sobre a criação de uma zona de livre comércio para serviços e investimentos", disse Lukashenko, citado num comunicado de imprensa da Presidência bielorrussa.

Segundo o chefe de Estado, "a Bielorrússia é o primeiro país da União Económica Eurasiática a assinar um acordo desse tipo com a China", o que deverá permitir o estabelecimento de regras comerciais "transparentes".

Graças a esse acordo comercial sem precedentes, o líder bielorrusso disse esperar agora um aumento das exportações de serviços do seu país para a China entre 12 e 15% e dos investimentos chineses na Bielorrússia em pelo menos 30%.

A Bielorrússia, muito dependente do seu aliado russo ao nível financeiro e político, mantém excelentes relações com a China e pretende fortalecer esse vínculo, assim como tem feito Moscovo, país alvo de numerosas sanções ocidentais pelo seu ataque à Ucrânia.

Li Qiang chegou à Bielorrússia após uma visita à Rússia, onde se encontrou com o seu homólogo russo, Mikhail Mishustin, e foi recebido no Kremlin pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

A China apresenta-se como neutra no conflito na Ucrânia e garante que não entrega armas a nenhuma das partes. Entretanto, os norte-americanos e os europeus acusam os chineses regularmente de oferecer à Rússia um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.

A Bielorrússia não está diretamente envolvida nos combates na Ucrânia, mas emprestou o seu território ao exército russo para que esse pudesse lançar a sua ofensiva militar em fevereiro de 2022.

No poder há 30 anos, Alexander Lukashenko tem reprimido os movimentos de protesto contra o seu governo.

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