Macron e Abdullah II pedem que se evite escalada militar "a todo o custo"

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"O Presidente da República Francesa e o rei Abdullah II expressaram a sua mais profunda preocupação com o aumento das tensões na região e sublinharam a necessidade de evitar a todo o custo uma escalada militar regional", lê-se no comunicado de imprensa divulgado pelo Eliseu [Presidência francesa].

Os dois governantes conversaram por telefone e "apelaram a todas as partes para que abandonem a lógica da retaliação e exerçam a máxima contenção e responsabilidade, a fim de garantir a segurança das pessoas", acrescenta-se na nota, que aborda o aumento das tensões entre Israel, Irão e o seu aliado libanês Hezbollah.

"O chefe de Estado reiterou ao rei o empenhamento da França em contribuir para o desanuviamento diplomático, nomeadamente na Linha Azul entre o Líbano e Israel" fixada pela ONU, prosseguiu a Presidência francesa.

Este aumento súbito das tensões entre Israel, o Irão e os seus aliados regionais segue-se ao assassínio reivindicado por Israel do chefe militar do Hezbollah, Fouad Chokr, e à morte em Teerão do líder político do Hamas, Ismaïl Haniyeh, num ataque atribuído a Israel.

Vários países, entre os quais a França, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, pediram aos seus cidadãos que abandonassem o Líbano neste fim de semana, por receio de um agravamento do conflito entre Israel e o Hezbollah.

O Hezbollah apoia o Hamas palestiniano, que tem a sua base em Gaza e está em guerra com Israel desde o seu ataque sem precedentes contra o Estado judeu, em 07 de outubro.

No seu relatório sobre o encontro franco-jordano, o Eliseu considerou "mais urgente do que nunca a conclusão de um acordo de cessar-fogo que permita a libertação de todos os reféns", incluindo dois cidadãos franceses, "o fim do sofrimento dos habitantes de Gaza e a distribuição maciça de ajuda humanitária".

"Os dois dirigentes manifestaram também a sua grande preocupação com a situação na Cisjordânia", afirmou a Presidência francesa.

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