Macron receia "guerra civil" em França e ataca extremos

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24 jun, 2024 - 20:42 • Ricardo Vieira, com agências

Em declarações a um podcast, o Presidente francês apontou baterias às políticas da Aliança Nacional, de extrema-direita, e ao França Insubmissa, de extrema-esquerda.

As políticas da direita e da esquerda radicais podem levar a uma “guerra civil”, alertou esta segunda-feira o Presidente francês, Emmanuel Macron.

Em declarações ao podcast “Génération Do It Yourself”, Macron apontou baterias ao Aliança Nacional, de extrema-direita, e ao França Insubmissa, de extrema-esquerda.

Enquanto a extrema-direita "divide e empurra para a guerra civil", o França Insubmissa, que faz parte da aliança Nova Frente Popular, propõe "uma forma de comunitarismo", disse Macron, acrescentando que "a guerra civil segue-se a isso também".

O alerta do Presidente francês é deixado na contagem decrescente para as eleições legislativas antecipadas de 30 de junho e 7 de julho.

Em reação aos comentários de Macron, o candidato da Aliança Nacional, Jordan Bardella Obtenha, declarou ao canal M6 que “um Presidente da República não deveria” falar em guerra civil.

“Quero restabelecer a segurança para todos os franceses", sublinhou o cabeça de lista do partido de Marine Le Pen.

O Presidente da República de França anunciou a dissolução da Assembleia Nacional a 9 de junho e eleições legislativas antecipadas, na sequência da derrota nas eleições europeias.

"Não poderei, no final deste dia, agir como se nada tivesse acontecido", declarou Macron, do Eliseu. Para além dos resultados, desfavoráveis ao governo atual, também se soma "uma febre que tomou conta do debate público e parlamentar nos últimos anos", defende o Presidente da República.

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