Madeira: CDS-PP defende que crescimento económico não tem tido reflexo na realidade social

O líder do CDS-PP Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou que o crescimento económico da Madeira não tem tido reflexo na realidade social, durante um almoço convívio realizado na freguesia do Paul do Mar.

José Manuel Rodrigues considerou que a realidade económica da Madeira “é boa” afirmando que a Região está a atingir níveis de crescimento económico “assinaláveis” mas que isso “não tem” correspondência na realidade social.

“Temos crescido muito economicamente, mas há pouco desenvolvimento social”, disse o dirigente centrista.

O centrista acrescenta que a Região possui 73 mil pobres, sendo que 13 mil são reformados com baixas pensões e, destes 73 mil pobres, 19 mil são trabalhadores que trabalham o mês inteiro e aquilo que recebem de ordenado “não dá” para pagar as suas despesas básicas mensais.

José Manuel Rodrigues referiu que o CDS-PP propõe um acordo na concertação social que permita subir os salários médios na Madeira para a média nacional.

“Propomos atuar no sentido de haver um salário base para os jovens licenciados que entrem no mercado de trabalho. Propomos atuar, não só na subida dos salários, mas também no desagravamento fiscal. E, neste sentido, queremos reduzir o IVA de forma gradual, 7,5% ao ano, em cada um dos anos da legislatura (quatro anos), para dar os 30% estipulados na Lei de Finanças das Regiões Autónomas, bem como reduzir o IRS até ao oitavo escalão em cerca de 30%”, disse José Manuel Rodrigues.

O centrista considerou ser “crucial” que se faça corresponder a idade da reforma na Madeira à esperança média de vida.

“A esperança média de vida na Madeira é inferior em dois anos à esperança média do país. Assim sendo, também a idade da reforma deve ser antecipada em dois anos para quem desconta na Região. Esta é uma proposta que o CDS-PP propõe levar adiante, se tiver influência nas políticas públicas da Região Autónoma da Madeira”, disse o dirigente centrista.