Madeira: CDU defende maior promoção dos transportes públicos

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A CDU considera que a Região Autónoma da Madeira não tem um sistema de transporte público adequado à nova realidade da mobilidade das pessoas.

A CDU considera que é urgente promover uma estratégia que permita uma maior acessibilidade e utilização do transporte público na Região Autónoma da Madeira.

O dirigente da CDU, Ricardo Lume, defendeu que essa estratégia deve contemplar os seguintes eixos estratégicos: “Implementar em articulação com as Autarquias o Transporte Escolar nos concelhos onde não existe este serviço; Implementar uma política regional cujo objetivo principal seja a prioridade aos transportes públicos, como um imperativo social, ambiental e económico, em contraposição ao paradigma do transporte individual”.

Entre os eixos estratégicos, elencados pela força partidária, estão também: “valorizar o serviço público de transporte rodoviário, através de uma melhoria substancial da qualidade, do conforto, da diminuição dos tempos de viagem, do aumento da segurança, da frequência e da capacidade da oferta de transporte, redução imediata para 20 euros o valor máximo do passe para toda a Região,  promovendo assim a sua gradual e efetiva gratuitidade para os utilizadores do serviço prestado pelas empresas no serviço público proposto”.

A CDU quer também que se aposte numa “maior qualidade e numa mais alargada acessibilidade do transporte público, cobrindo toda a extensão da Região, promovendo e articulando a bilhética única, social e integrada com o parqueamento automóvel em zonas periféricas dos centros urbanos”.

CDU defende que transportes públicos não estão adequados à realidade

Ricardo Lume considera que se tem assistido a um “crescente processo de massificação” na utilização do automóvel, com consequências ao nível da “circulação e estacionamento, bem como da segurança e da qualidade de vida” das populações.

“Para isso também contribui o facto de existir na Região um sistema de transporte público que não está adequado à nova realidade da mobilidade das pessoas. Com efeito, grande parte dos trabalhadores e estudantes na Região Autónoma da Madeira continua a privilegiar a utilização do automóvel nas deslocações diárias”, afirmou Ricardo Lume.

Ricardo Lume acrescentou que a realidade “mudou drasticamente” nos últimos dois anos, apesar de salientar a importância de terem sido implementadas medidas tais como o passe único, e a gratuitidade dos passes para os jovens estudantes até aos 23 anos e para os reformados.

Contudo o dirigente da CDU sublinhou que a realidade é que a rede de transporte público “não dá resposta” às necessidades de mobilidade dos madeirenses, e reforçou que o “trânsito caótico e os autocarros sobrelotados ao início da manhã e ao fim da tarde confirmam esta realidade”.

Ricardo Lume considerou que o executivo madeirense “não tem sido devidamente interveniente” em relação aos muitos problemas de “falta ou insuficiência” de serviço de transporte público de passageiros prestado na Região Autónoma pelos diferentes operadores.

“Permitiu que se reduzissem os horários de várias carreiras, impossibilitando que muitos dos habitantes pudessem ter garantida a mobilidade necessária à noite e aos fins-de-semana, uma reorganização das carreiras contrária ao desenvolvimento da Região e contestada pelas populações”, afirmou Ricardo Lume.

O dirigente da CDU acrescentou que o Serviço de Transporte Especial dos Horários do Funchal para pessoas com mobilidade reduzida “já não dá resposta às necessidades dos utentes”, e referiu que “existem relatos de pessoas que ficaram mais de uma hora à espera do serviço comprometendo obrigações do passageiro já agendadas”.

Partido critica falta de transporte escolar no Funchal

Ricardo Lume diz ainda que a “falta de transporte escolar” no concelho do Funchal é um elemento que “potencia” o tráfego automóvel visto que os pais “optam” por levar os filhos em automóvel próprio para a escola, “pois não têm segurança necessária em deixar os seus educandos utilizarem a carreira regular que em muitos casos nem paragem tem perto da escola, assim como é impossível para muitos pais acompanharem os filhos para a escola na carreira regular, deixando-os na escola e apanhar outro autocarro para chegarem ao trabalho a horas”.

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