Madeira: Dina Letra é a candidata do BE às eleições legislativas

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A candidata do BE pelo círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira referiu que as principais prioridades da campanha eleitoral serão os salários, a habitação, a saúde, a educação e o clima.

A líder do BE Madeira, Dina Letra, será a candidata pelo círculo eleitoral da Região Autónoma da Madeira às eleições legislativas marcadas para 10 de março. A bloquista referiu que as principais prioridades da campanha eleitoral serão os salários, a habitação, a saúde, a educação e o clima.

“Na Madeira conhecemos bem a arrogância da maioria absoluta e das políticas liberais de endeusamento da eficiência do privado, da venda do território e de serviços públicos à iniciativa privada, que mais não é do que um grupo de amigos do regime. O Governo Regional da Madeira é, todo ele, um facilitador de negócios, com uma política de favorecimentos que atirou ao mar o interesse público. Tem sido assim na educação, na saúde, nos cuidados, no ambiente, na gestão dos recursos hídricos, nos transportes de mercadorias e de passageiros, no ordenamento do território, da floresta e da orla costeira, na habitação, entre outros exemplos”, disse Dina Letra.

A bloquista apontou ainda que 30% das pessoas vive em risco de pobreza para além da região ter dos salários médios mais baixos do país.

O custo de vida que é brutal para quem é pobre, alargando-se cada vez mais o leque da pobreza à classe média, e que sobrevive à custa de apoios sociais e de ir buscar a refeição para jantar e para o dia seguinte. Da acentuada desigualdade entre a maioria da população e uma pequena elite, que se move ao estilo monárquico em que o privilégio se transmite entre gerações. Do custo médio da habitação na Madeira, que se situa no meio milhão de euros, enquanto milhares de famílias desesperam por uma casa com dignidade, ou com a subida dos juros e dos despejos que fazem subir rendas ou de outras tantas famílias jovens que vêm na emigração a única solução”, elencou a líder do BE Madeira.

Dina Letra sublinhou que na Madeira existe a agravante de “não haver contestação social e de não se conseguir mobilizar pessoas”. A bloquista considerou que “não é paz social” como diz o presidente do Governo Regional da Madeira.

“É sim uma cultura do medo, de receio de represálias, que foi implementada pelo PSD Madeira ao longo de décadas.
Uma política que substituiu o senhor da terra pela casta do PSD Madeira. Que manteve o povo de cabeça baixa e mão estendida, mas deslumbrado com o arraial e o fogo-de-artifício, amansado pelo ego do povo superior e inebriado pela poncha. Sabemos que paulatinamente o PSD Madeira tem vindo a perder eleitorado, mesmo com as ajudas do CDS-PP  e agora do PAN, mas a extrema-direita e a direita liberal crescem. E nada mudará de forma substancial”, disse Dina Letra.

A bloquista referiu que o BE tem uma herança de “luta e de denúncia” contra o poder instalado das elites, “sempre privilegiadas pelos governos de direita e das maiorias absolutas” e de uma luta em defesa do povo que “trabalha
e de quem vive da sua pensão, de defesa do Estado social construído com o 25 de Abril e que tornou acessível a toda a população serviços públicos essenciais como a saúde e a educação”.

Dina Letra acrescentou que é essa herança de “coerência política, de defesa intransigente dos serviços públicos,
do coletivo e do interesse público que está ao serviço de todas e todos, a par da apresentação de soluções para os problemas atuais e da vida concreta das nossas pessoas, que serão a força do Bloco” para as eleições legislativas.

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