A Iniciativa Liberal defende também uma investigação à atuação de todos os intervenientes [na gestão dos incêndios] e que pondera a apresentação de uma moção de censura na Assembleia da Madeira.
A Iniciativa Liberal (IL) pediu a demissão do secretário regional da saúde e da Proteção Civil, Pedro Ramos, e criticou a atuação do executivo na gestão do incêndio, que afecta a Região Autónoma da Madeira desde 14 de agosto. A força partidária diz que deve existir uma investigação à atuação de todos os intervenientes e que pondera a apresentação de uma moção de censura na Assembleia da Madeira.
“A demissão de Pedro Ramos, é inevitável, quer do ponto vista ético, quer do ponto de vista da responsabilidade política. Consideramos fundamental que a atuação de todos os intervenientes seja objeto de uma investigação célere, independente e rigorosa, que permita apurar as responsabilidades do Governo Regional como um todo, e, sendo o caso, fundamentar a apresentação de uma moção de censura”, disse a força partidária.
O partido, dirigido na Região Autónoma por Gonçalo Maia Camelo, entende que a gestão, do Governo da Madeira, do combate aos incêndios tem sido “desastrosa”.
A IL considera que existem “fortes indícios” que a resposta inicial “não terá sido célere e adequada, o que terá contribuído para a propagação do incêndio, e os meios disponíveis não terão sido geridos e utilizados de forma eficaz e correta”.
Ao nível da coordenação e da comunicação, a postura do Governo Regional tem sido “errática, contraditória e arrogante”, disse o partido, dando como exemplo o apoio da República, “que inicialmente não era necessário, vai agora ser reforçado”.
O partido sublinhou que a recusa inicial do auxílio da República “expõe uma gestão da Autonomia focada no confronto político, e não na utilização da mesma em benefício da segurança e do bem-estar dos madeirenses, o que é lamentável”.
A IL sublinhou que a postura assumida pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e por Pedro Ramos é “politicamente inadmissível e merecedora de forte censura”.
A força partidária entende que a Albuquerque e Pedro Ramos, como “responsáveis máximos” pela Proteção Civil durante os últimos anos, e perante o “falhanço rotundo” das medidas de prevenção e de planeamento adotadas, “exigia-se um pedido de desculpas aos madeirenses. E exigia-se, acima de tudo, que tivessem assumido a liderança do combate ao incêndio de forma direta e presencial, e não a partir das areias da praia do Porto Santo e com passagens fugazes pela Madeira”.
A Iniciativa Liberal reforça que ao optarem por “disparar responsabilidades” para todos os lados, bem como por criticar os partidos e os Madeirenses que se “atreveram a questionar a sua atuação, demonstraram que este Governo Regional já não governa para a Madeira, nem para os madeirenses. Governa apenas com o objetivo de manter o poder e os estatutos dos respetivos membros”.
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