Madeira. JPP propõe complemento para reformas e pensões até 400 euros

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"Nós temos de dar atenção a todos os atualmente reformados, que bordaram a paisagem, que cuidaram dos filhos, trabalharam na agricultura, e que, ao fim ao cabo, deram um lar e trabalharam no lar das suas casas", afirmou Élvio Sousa, em declarações aos jornalistas junto ao Centro de Saúde do Bom Jesus, no Funchal.

A comitiva do Juntos Pelo Povo (JPP) deslocou-se hoje àquela unidade de saúde no âmbito da campanha eleitoral para as eleições antecipadas de 26 de maio.

Élvio Sousa realçou que quem tem reformas e pensões de "200 e 300 euros" precisa, "não de uma esmola", mas "de um auxílio" para "enfrentar o custo de vida elevado".

A medida "custa uma ninharia do orçamento regional", disse, apontando que "são apenas quatro milhões de euros, o montante que Miguel Albuquerque [presidente demissionário do Governo Regional] já gastou em nomeados".

Além disso, acrescentou, "não é verdade" que o Governo Regional tenha pago quatro milhões de euros de reforma como alega: "Porque se nós mostrarmos os documentos oficiais, aquilo que o Governo Regional pagou em 2023, não chegou a um milhão de euros", referiu.

As eleições legislativas antecipadas na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS -- Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

Segundo dados do Ministério da Administração Interna, até terça-feira estavam recenseados para votar 254.522 eleitores.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições entre 1976 e 2015.

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