Madeira. Trilho onde jovem morreu não é recomendado mas tem muita procura

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23 ago, 2024 - 18:15 • Lusa

Derrocada na levada de Água de Alto matou uma turista espanhola com cerca de 20 anos. Os dois feridos são, presumivelmente, os pais da vítima, segundo as autoridades.

A levada de Água de Alto, no concelho de Santana, onde uma derrocada matou esta sexta-feira uma jovem espanhola e fez dois feridos, não é um percurso recomendado, mas regista muita procura por turistas, indicou o presidente do município.

"É uma vereda, uma levada, como muitas outras que existem, que não está sinalizada como percurso recomendado, serve essencialmente para transportar água para a agricultura e as limpezas são feitas essencialmente para manter a levada com água a circular", explicou Dinarte Fernandes.

Em declarações à agência Lusa, o autarca esclareceu que a levada serve com água de regadio a freguesia do Faial, uma das seis que compõem o concelho de Santana, no norte da ilha da Madeira, e é a única naquela localidade.

"Há uns anos a esta parte é uma levada muito utilizada por turistas", disse, indicando que a sua divulgação ocorre sobretudo nas redes sociais.

Dinarte Fernandes sublinhou que "também nos percursos recomendados caem pedras" e lembrou a derrocada ocorrida em outubro de 2019, na levada do Caldeirão Verde, também no concelho de Santana, que fez 11 feridos, todos turistas, de várias nacionalidades. .

A derrocada de hoje na levada de Água de Alto matou uma turista espanhola com cerca de 20 anos. Os dois feridos são, presumivelmente, os pais da vítima, segundo as autoridades.

O alerta foi dado às 13:05 e na operação estiveram envolvidos elementos dos Bombeiros Voluntários de Santana e dos Bombeiros Municipais de Machico. .

Num comunicado enviado às redações, o Serviço Regional de Proteção Civil adianta que as outras duas pessoas socorridas estão a "receber acompanhamento psicológico" e destaca que o caminho onde aconteceu a derrocada não é um trilho classificado pelo Instituto das Florestas e Conservação da Natureza da região.

A Proteção Civil sinaliza ainda que o incidente "não foi provocado pelo incêndio" que assola a ilha desde a semana passada.

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