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O tribunal de Salekhard, perto da cidade onde Navalny esteve preso, registou hoje a queixa e prevê analisá-la no próximo dia 04 de março em "audiência fechada".
O recurso contra "a falta de iniciativa do Comité de Investigação Russo" na questão da entrega do corpo do opositor à família foi apresentado depois de a mãe de Navalny ter enviado uma carta dirigida ao chefe de Estado.
"Estou a escrever-lhe, Vladimir Putin. A solução deste assunto depende apenas de si, deixe-me ver o meu filho de uma vez por todas", disse Liudmila Navalnaya, a mãe do opositor, numa mensagem publicada na terça-feira nas redes sociais.
O político russo morreu subitamente no dia 16 de fevereiro numa prisão do Ártico.
As autoridades russas transmitiram aos próximos de Navalny que será realizada uma "perícia química" ao seu corpo durante pelo menos 14 dias, antes de o entregar à família.
A viúva de Navalny, Yulia Navalnaya, e apoiantes acusam diretamente o Presidente Vladimir Putin de ter ordenado o assassinato do principal adversário político russo.
Na terça-feira, o Kremlin rejeitou as acusações contra o chefe de Estado russo considerando-as "infundadas" e "grosseiras".
De acordo com a administração prisional russa, Alexei Navalny morreu a 16 de fevereiro na colónia prisional n.º 3 da cidade de Kharp, uma prisão de alta segurança onde estava detido desde o final de 2023 e onde cumpria uma pena de 19 anos por "extremismo".
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