Maior central sindical diz que Moçambique está "em suspenso e com ansiedade"

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Organização dos Trabalhadores Moçambicanos -- Central Sindical (OTM-CS) - disse hoje que o país está em suspenso e com ansiedade pelo anúncio dos resultados das eleições gerais de quarta-feira, apelando à calma e serenidade.

"Estamos todos num país em suspenso e com ansiedade, o nosso apelo é no sentido de continuarmos calmos e serenos até que os resultados definitivos sejam anunciados pelos órgãos competentes", disse o secretário-geral da OTM-CC, Alexandre Munguambe.

Munguambe fez esta declaração a propósito da passagem do 48.º aniversário da fundação da maior organização sindical moçambicano.

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, tem um prazo até 15 dias para anunciar os resultados - a contar da data da votação, que foi no último dia 09.

Os resultados serão depois validados Conselho Constitucional, que não tem prazos para uma proclamação final, tendo ainda de analisar os recursos recebidos.

Os trabalhadores moçambicanos e a população, em geral, não devem permitir que a espera pelos resultados das eleições gerais tire o foco das ações de desenvolvimento social e económico, afirmou o secretário-geral da OTM-CS.

Alexandre Munguambe criticou os baixos salários pagos no país, pedindo empenho e compromisso para que a situação salarial dos trabalhadores moçambicanos seja alterada e melhorada.

"Os trabalhadores recebem salários mínimos que não estão à altura de desafiar o atual custo de vida", declarou Munguambe.

Apontou os ataques terroristas na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, raptos e corrupção como obstáculos ao desenvolvimento e à vida dos trabalhadores.

De acordo com a legislação eleitoral moçambicana, na noite do dia da votação para as eleições gerais, quarta-feira, foi feito o apuramento dos resultados ao nível das mesas, seguindo-se um período de até três dias para o apuramento oficial ao nível dos distritos e até cinco dias, após o dia da votação, para o apuramento provincial.

As eleições gerais incluíram as sétimas presidenciais - às quais já não concorreu o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.

À eleição à Presidência da República concorreram Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder desde 1975, Ossufo Momade, com o apoio da Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).

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