Mais de 40 eurodeputados defendem suspensão de acordo UE-Israel

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27 set, 2024 - 11:04 • Lusa

Os signatários salientam ainda que Israel tem como objetivo "alargar o conflito no Médio Oriente, continuar o genocídio em Gaza e provocar o envolvimento do Irão, com graves consequências para a estabilidade global".

Um grupo de 48 eurodeputados subscreveu esta sexta-feira uma carta aberta lançada por Catarina Martins (BE) dirigida ao chefe da diplomacia da União Europeia (UE), pedindo a suspensão do acordo de associação UE-Israel e embargo de armas.

Os eurodeputados signatários da carta apelam aos Estados-membros que "suspendam imediatamente o Acordo de Associação UE-Israel e a aplicação de um embargo de armas até que seja alcançado um acordo de paz duradouro".

Catarina Martins refere ainda que o Alto Representante para a Política Externa da UE, Josep Borrell, deve colocar o tema na agenda da próxima reunião do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27, agendada para 14 de orutubro.

"Estas iniciativas são essenciais para restaurar a credibilidade internacional da Europa e cruciais para permitir esforços sérios e multilaterais no sentido de uma solução diplomática", defendem ainda os 48 eurodeputados.

Os signatários salientam ainda que Israel tem como objetivo "alargar o conflito no Médio Oriente, continuar o genocídio em Gaza e provocar o envolvimento do Irão, com graves consequências para a estabilidade global".

Para além de Catarina Martins, que continua a integrar o grupo político A Esquerda, a que pertence a maioria dos subscritores, Marta Temido, Carla Tavares (PS), André Rodrigues (todos do PS) e João Oliveira (PCP).

Israel e Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado diário desde 07 de outubro de 2023, após o ataque do Hamas em solo israelita que desencadeou a atual guerra na Faixa de Gaza, levando a que dezenas de milhares de pessoas tenham abandonado as suas casas em ambos os lados da fronteira israelo-libanesa.

Os ataques de Israel contra o Hezbollah intensificaram-se de forma substancial nos últimos dias, após as autoridades militares de Telavive terem anunciado uma deslocação das operações da Faixa de Gaza para o norte do país.

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