12 jun, 2024 - 09:26 • André Rodrigues , João Malheiro
À Renascença, a FNAM pede ao Governo que torne as carreiras mais atrativas, ou os números poderão continuar a aumentar.
Em abril, no Serviço Nacional de Saúde (SNS) trabalhavam 613 médicos reformados. Um novo recorde.
Segundo o "Público", citando a Administração Central do Sistema de Saúde, 420 destes clínicos aposentados trabalha a tempo parcial nos centros de saúde.
O regime excecional foi criado em 2010 para compensar a falta de médicos especialistas no SNS e esperava-se que fosse temporário, mas acabou por se prolongar ao longo dos sucessivos governos.
Este ano, o Executivo autorizou a contratação até 900 reformados - o maior número de sempre e muito superior ao de 2023.
Destes 900 médicos reformados, até 675 poderão ser contratados diretamente pelos estabelecimentos de saúde.
Governo tem de promover atratividade da profissão
Em reação a estes números, à Renascença, a presidente da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz esperar que venham a aumentar, ao longo dos próximos anos.
Joana Bordalo e Sá refere que isto será um consequência se "nada for feito" pelo Governo de Luís Montenegro para promover a atratividade da profissão.
"Reflete a falta de médicos que existe. Se nada for feito, este número poderá ser mais elevado nos próximos anos", reitera.
Este é um dado que surge no dia em que a ministra da Saúde regressa ao Parlamento.
Ana Paula Martins vai ser ouvida a pedido de PSD, PS e Chega sobre o Plano de Emergência para o Serviço Nacional de Saúde.