“A condenação em primeira instância de César Boaventura por três crimes de corrupção no desporto cometidos a favor do Benfica é uma mancha na história do futebol português”, realçou o clube em comunicado.
A condenação do empresário César Boaventura por três crimes de corrupção ativa no desporto, com uma pena suspensa de três anos e quatro meses, mereceu a reação institucional por parte do FC Porto.
O empresário de futebol César Boaventura foi condenado esta quarta-feira pelo Tribunal de Matosinhos, a uma pena de prisão cumulativa de três anos e quatro meses, com execução suspensa, por três crimes de corrupção ativa no desporto.
César Boaventura foi ainda condenado ao pagamento de 30 mil euros a favor de uma instituição de solidariedade social ou de promoção do desporto, e impedido de ter atividade profissional como agente de jogadores, de forma direta ou indireta, durante dois anos.
“A condenação em primeira instância de César Boaventura por três crimes de corrupção no desporto cometidos a favor do Benfica é uma mancha na história do futebol português”, realçou o clube em comunicado.
Para o FC Porto, “em causa estão atos que ferem gravemente a verdade desportiva das competições e que contribuem para alimentar suspeições sobre o que determinou a classificação do campeonato na época em que foram cometidos”.
Em comunicado, os “dragões” consideram “não ser verosímil que tais ações tenham resultado exclusivamente da vontade individual do condenado, exige-se que a justiça desportiva os avalie devidamente, apure responsabilidades e aja em conformidade”.
O tribunal deu como provado o aliciamento aos ex-jogadores do Rio Ave Cássio Marcelo e Lionn, mas ilibou César Boaventura do crime de corrupção em forma tentada ao antigo jogador do Marítimo Romain Salin.
César Boaventura não marcou presença na leitura do acórdão, esta tarde, no tribunal de Matosinhos, devido a doença, mas no final da sessão o seu advogado confirmou que irá recorrer da sentença para uma instância superior.