Manifestações contra a violência policial e de apoio às forças de segurança arrancam em Lisboa

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A manifestação "Justiça para Odair Moniz", que protesta contra a violência policial nos bairros e o protesto organizado pelo Chega de apoio à polícia, arrancaram este sábado em Lisboa, com um ligeiro atraso devido à chuva que caiu na capital.

Centenas de apoiantes do partido Chega concentraram-se na Praça do Município. Antes do cortejo arrancar em direção à Assembleia da República, André Ventura falou aos jornalistas para dizer que temos "um país incendiado".

"Quem tem que ir para a cadeia é quem anda a matar, quem anda a destruir, não quem anda a defender a polícia", afirmou. "Espero que não seja preso o mensageiro", acrescentou, referindo-se à investigação iniciada pelo ministério público a ele próprio, a Pedro Pinto e a um assessor do partido, por alegado incitamento ao ódio, na sequência de declarações proferidas pelos políticos nos últimos dias.

"Há um país diferente do outro que se está a manifestar a alguns quilómetros", referiu ainda, numa menção à manifestação convocada iniciada à mesma hora, pelas 15h30, no Marquês de Pombal e que termina na Praça dos Restauradores.

O líder Parlamentar do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo garantiu que o "Chega quer instrumentalizar a polícia" e que o protesto convocado pelos familiares da Odair Moniz, morto na sequência de uma operação policial na Cova da Moura, é um "grito pela democracia, pela igualdade, pela dignidade".

"Aqui não há duas posições. Nós estamos do lado do estado de direito democrático", afirmou o bloquista, que saudou ainda "todas as forças de segurança que não se reconhecem nas palavras de oportunismo e de incendiarismo do Chega".

[Em atualização]

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