"Mão na consciência"? "Não aceito lições do PSD" sobre SNS

1 mes atrás 84

A deputada socialista Mariana Vieira da Silva afirmou, esta terça-feira, que o Partido Socialista (PS) não aceita "lições" do Partido Social Democrata (PSD) no que diz respeito aos atuais problemas do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em resposta ao líder da bancada parlamentar social-democrata, Hugo Soares, que desafiou o PS a "pôr a mão na consciência".

"Peço desculpa, mas eu não aceito lições do PSD nesta matéria. O que nós estamos a viver é uma agravar da situação face ao ano passado e esse agravar de situação decorre de se terem desmontado as estruturas e a organização que o professor Fernando Araújo e  a Direção Executiva estavam a fazer das urgências", disse em declarações aos jornalistas, antes de uma reunião dos deputados socialistas com Unidades Locais de Saúde para avaliar encerramentos nas urgências de Ginecologia e Obstetrícia

"Em Democracia estamos uma vezes no governo, outras na oposição, e, nestes dois sítios, temos responsabilidades para trabalhar nas melhorias das condições", acrescentou.

A antiga ministra da Presidência frisou ainda que "nunca em momento algum" fugirá às "responsabilidades que o Governo do Partido Socialista tem", mas atirou: " Era o que faltava não podermos acompanhar a forma como os problemas são resolvidos no terreno e não podermos criticar quando, neste momento, é para mim muito visível uma degradação das condições de resposta por o Governo do PSD ter começado por desmontar as soluções que estavam no terreno antes de ter soluções alternativas para apresentar". 

Mariana da Silva entende que o Governo tem agora de responder "pelas expectativas que criou e que gorou, que não cumpriu"

Antes, a socialista havia referido que "ao longo dos últimos meses" o que se tem visto "é o Governo trazer instabilidade para o SNS, em vez de cuidar, de ultrapassar as dificuldades". 

"Quando, no início deste mandato, o Governo procurou questionar as funções da Direção Executiva, mudar de Direção Executiva e a sua forma de trabalhar, criou uma pressão adicional sobre o verão, que é agora hoje visível com muito pouca transparência no funcionamento das urgências e muita instabilidade na resposta aos cidadãos", reiterou.

De salientar que vários serviços de urgência ginecológica/obstétrica têm estado encerrados devido à falta de recursos humanos. As autoridades de saúde apelam à população para que antes de se deslocarem a um serviço de urgência, para ligarem sempre para o SNS 24 (808 24 24 24).

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