Maputo. Pelo menos 30 detidos em confrontos com a polícia

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Na sexta-feira à noite foram mortos a tiro, em Maputo, Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, candidato às presidenciais do passado dia 09, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que o apoia

Pelo menos 30 pessoas foram detidas em confrontos entre a polícia e manifestantes na cidade de Maputo na segunda-feira. Cinco delas foram libertadas após assistência da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM).

Um responsável da OAM disse que a ordem tem, neste momento, o registo de “30 detenções ao nível da cidade de Maputo, dos quais cinco já foram libertados e os demais os colegas ainda estão nos julgamentos”.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) ainda não se pronunciou, até ao momento, sobre as detenções realizadas durante os confrontos com manifestantes em Maputo, na segunda-feira durante as manifestações de repúdio ao duplo homicídio de apoiantes de Venâncio Mondlane, convocadas pelo próprio candidato presidencial.

A ordem recebeu um total de 29 pedidos de apoio na segunda-feira e uma esta terça-feira  e em resultado dos confrontos que fizeram também 16 feridos, cinco ainda internados, na capital moçambicana. 

Na sexta-feira à noite foram mortos a tiro, em Maputo, Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, candidato às presidenciais do passado dia 09, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que o apoia.

Após o duplo homicídio, Venâncio Mondlane, que contesta resultados preliminares das eleições, que não lhe dão a vitória, convocou para segunda-feira a realização de marchas pacíficas em Moçambique. Estas foram dispersas com tiros para o ar e gás lacrimogéneo em Maputo.

A resposta policial às manifestações foi condenada pela comunidade internacional e houve vários apelos à contenção de ambas as partes, nomeadamente de Portugal, da União Europeia e da União Africana.

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