Marcelo dá "dois a três meses" a Montenegro para resolver problemas urgentes

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11 abr, 2024 - 14:07 • Susana Madureira Martins , Diogo Camilo

Presidente da República deixou alerta de que "não há estado de graça de muitos meses" e que se questões concretas não forem resolvidas, as pessoas podem "desacreditar" o Governo.

O Governo tem “dois a três meses” para dar respostas aos problemas do país. O aviso foi deixado esta quinta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, no dia em que se iniciou o debate do programa de Governo.

Em discurso aos alunos da Escola Secundária Camões, em Lisboa, o Presidente da República alertou que o Governo não tem tempo para “largos meses” de estado de graça e que, se o Executivo não resolver problemas urgentes, as pessoas podem “desacreditar”.

“As pessoas estão à espera que, nos primeiros meses, se perceba que se resolvem problemas concretos muito urgentes. Antigamente, quando um governo entrava, esperava-se assim uns meses largos a ver se dava ou não dava. Agora não há estado de graça de muitos meses”, afirma.

Em resposta a questões de alunos, Marcelo admite que demorou-se tempo de mais a perceber-se que era preciso responder às necessidades de professores ou forças de segurança.

“Parece que agora vai ser resolvido [a reposição do tempo de serviço dos professores]. Mas sabem que em política, como na vida, muitos anos de atraso têm custos enormes. O mesmo para as forças de segurança. É difícil explicar por que umas têm um tratamento e outras têm outro. Espero que se tenha percebido que não faz sentido tratar de forma diferente aquilo que, naquele aspeto, tinha que ser tratado de igual modo”, concluiu

Abordado sobre o problema da habitação, o chefe de Estado respondeu que é necessária mais habitação pública, apontando que foi dada uma resposta tardia a este problema e que é insuficiente.

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