O Presidente da República enalteceu hoje a "enorme coragem" de Alexei Navalny, que morreu na sexta-feira numa prisão no Ártico, e considerou que o opositor russo merece "respeito e admiração pela forma como lutou pelas suas convicções".
"Alexei Navalny merece o nosso respeito e admiração pela forma como lutou pelas suas convicções, sabendo os riscos que corria, mas defendendo com enorme coragem as Liberdades e a Democracia, o direito de se exprimir e fazer ouvir os seus pontos de vista", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa "apoia e sublinha" a posição tomada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "sobre o preocupante falecimento de Alexei Navalny", acompanhando também as declarações do Governo Português e da presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen.
Na sexta-feira, o secretário-geral da ONU manifestou-se chocado com a notícia da morte do opositor russo e pediu uma "investigação completa, credível e transparente" para apurar as circunstâncias.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, responsabilizou o Presidente russo, Vladimir Putin, pela morte de Navalny, assim como por muitas outras mortes, e admitiu a intensificação de sanções à Rússia.
Também a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mostrou-se "profundamente perturbada e triste" com a notícia da morte do opositor russo Alexei Navalny, falando num "lembrete sombrio" sobre o Presidente russo e o seu regime.
O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais críticos de Vladimir Putin, morreu na prisão, segundo o serviço penitenciário federal da Rússia.
Navaly, 47 anos, estava numa prisão no Ártico, para cumprir uma pena de 19 anos de prisão sob "regime especial" e, segundo aqueles serviços, sentiu-se mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.