Marcelo sobre acesso a comunicações com o filho. "Não comento a vida interna da Assembleia da República"

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Caso das gémeas

19 jul, 2024 - 16:00 • Miguel Marques Ribeiro

Sobre o dossiê de matéria fiscal, composto de sete diplomas, que está em Belém à ser analisados pelo Presidente, Marcelo confia que vai ter uma decisão tomada dentro até dia 23 de julho.

"Não comento a vida interna da Assembleia da República". Foi assim que o Presidente da República reagiu esta sexta-feira a perguntas dos jornalistas sobre o pedido de parecer apresentado por Aguiar-Branco sobre a possibilidade da Comissão de Inquérito ao caso das gémeas para ter acesso às comunicações entre o chefe de Estado e o seu filho, Nuno Rebelo de Sousa, requerimento que foi feito pelo Chega.

Marcelo fez questão de sublinhar que se tratam de "processos de deliberação" e "iniciativas próprias da Assembleia da República, internas" — "Portanto, eu não me vou pronunciar", acrescentou.

Diplomas sobre impostos aprovados até dia 23

Sobre o dossiê de matéria fiscal que está em Belém à espera de decisão do Presidente, Marcelo aponta para dia 23 de julho, data limite para haver um veredicto.

No entanto, o chefe de Estado sublinhou que nos últimos dias entrou "mais um diploma" e que isso dificulta o processo de decisão. "Como entra matéria nova tenho de tomar consideração a matéria nova."

Há tempo para negociar Orçamento do Estado

Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou ainda a ausência de Pedro Nuno Santos na primeira reunião de negociação do Orçamento do Estado, agendada para esta sexta-feira, e na qual o primeiro-ministro não estará presente, por estar doente.

O Presidente acha natural que o líder do PS seja representado nesse encontro, dado que o seu homólogo no PSD não estará disponível. "Compreende-se que, se não é possível a representação ao mais alto nível, que o líder da oposição se faça representar. Nem por isso deixou de haver um primeiro contacto para ouvir os partidos políticos e começarem a dizer o que pensam sobre o novo orçamento."

O facto de estarmos ainda a vários meses de distância da apresentação e votação do documento dá confiança ao chefe de Estado de que vai ser possível ter uma negociação adequada. "Vai haver muitos outros encontros. Daqui são quatro meses de distância", afirmou.

O Presidente da República, que respondeu aos jornalistas em Cabanas de Viriato, onde esteve a inaugurar o Museu Aristides de Sousa Mendes, não quis comentar a polémica em torno dos helicópteros do INEM.

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