Marco Galinha admite salvar Diário de Notícias, mesmo com prejuízos de 700 mil euros anuais

7 meses atrás 68

Empresário nega querer novamente o controlo do grupo, mas não pretende que o GMG desapareça. “Estava tudo alinhado para que fechasse. Agora procura criar um projeto, uma ponte para o futuro, que permita aos vários títulos do GMG reerguerem-se”. 

O empresário Marco Galinha admite que não vai deixar o Global Media Group (GMG) cair e, em entrevista ao “Público”, disponibilizou-se a manter o Diário de Notícias (o jornal mais antigo de Portugal) na sua esfera pessoal, mesmo com prejuízos anuais até 700 mil euros.

Na entrevista, Marco Galinha relembra que o grupo de media “não tinha dinheiro para pagar os salário do mês” em questão quando entrou no projeto, sendo ainda confrontado com várias dívidas. Apesar de, desde o início, ter admitido que estava no projeto a longo prazo, o dono do Grupo Bel vendeu a sua participação ao World Opportunity Fund (WOF).

Apesar de toda a situação em volta da gestão deste fundo, que não pagou o salário de dezembro e subsídio de Natal (com apenas um pagamento regularizado em janeiro), Galinha diz que a proposta do WOF “era mesmo muito boa” e que convergia com o seu “sonho de empresário de criar um projeto de língua portuguesa”.

No entanto, o empresário nega querer novamente o controlo do grupo, mas não pretende que o GMG desapareça. “Estava tudo alinhado para que fechasse. Agora procura criar um projeto, uma ponte para o futuro, que permita aos vários títulos do GMG reerguerem-se”.

Voltando à sua entrada no grupo, Marco Galinha lembra ainda o pedido dos antigos acionistas, em 2021. “A empresa estava falida, não tinha dinheiro para pagar salários naquele mês, o GMG ia fechar nos 15 dias seguintes. E os acionistas antigos pediram: não há qualquer solução possível, ou vocês entra agora ou o GMG fecha”, disse à publicação.

De relembrar que um grupo de quatro empresários, liderado por Diogo Freitas (dono da Officetotal), comprou o “Jornal de Notícias”, “O Jogo” e a rádio “TSF”, bem como as publicações “Volta ao Mundo”, “Evasões, “Notícias Magazine”, “JN História” e a Rádio Comercial dos Açores. De fora ficou o centenário “Diário de Notícias”.

Ler artigo completo