Maré, o festival na Galiza onde o mundo começa

3 horas atrás 22

Por detrás do DJ Panko, enquanto este envia para as colunas e para os corpos à sua volta febris sonoridades de cumbia, há uma imagem que se destaca das restantes nas paredes da cave da Casa das Crechas, no centro de Santiago de Compostela. Sobre um magnético fundo branco e azul, o recorte do cantautor galego Fran Pérez, mais conhecido por Narf, parece emitir uma luz própria. Falecido em 2016, aos 48 anos, Narf foi um desbravador das relações musicais actuais entre a Galiza e a lusofonia, tendo actuado no Cantos na Maré (predecessor do Maré) em parceria com o guineense Manecas Costa e com os moçambicanos Timbila Muzimba. Faz sentido que, sem aparato mas com luz própria, o seu rosto esteja eternizado na Casa das Crechas, o lugar onde, de forma muito distante, se encontram as sementes originárias do Maré, festival de música atlântica que acontece desde 2020 em Santiago de Compostela, e a decorrer até este domingo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para [email protected].

Ler artigo completo