Membro da Força Aérea dos EUA imola-se à frente a embaixada israelita em Washington

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Aaron Bushnell, de 25 anos, morreu após o protesto contra o “genocídio”, como classificou, levado a cabo por Telavive com o auxílio norte-americano contra o povo de Gaza, um ato transmitido nas redes sociais.

Um membro ativo da Força Aérea dos EUA morreu após se ter imolado à frente da embaixada israelita em Washington, DC, protestando contra o “genocídio” em Gaza levado a cabo com o apoio norte-americano.

Aaron Bushnell, de 25 anos, sucumbiu este domingo aos ferimentos resultantes do seu protesto em frente da embaixada israelita em Washington contra a investida militar em Gaza, classificando-a de “genocídio”. Bushnell transmitiu a sua imolação na rede social Twitch, isto depois de alegadamente ter informado vários órgãos de comunicação social de que iria levar a cabo um “ato extremo de protesto” contra o envolvimento norte-americano na campanha israelita.

Fontes do Departamento da Defesa dos EUA confirmaram ao ‘New York Times’ e CNN que Bushnell era um membro ativo da Força Aérea. Segundo o seu perfil de LinkedIn, o jovem era um engenheiro de DevOps em San Antonio, no Texas.

No vídeo, Bushnell afirma que irá participar numa forma “extrema de protesto, mas, comparado com o que as pessoas na Palestina têm vivido às mãos dos seus colonizadores, não é de todo extremo”. Antes, deixou uma mensagem no Facebook onde recorda que “muitos de nós se questionam o que fariam se fossem vivos durante a escravatura, durante o Sul de Jim Crow ou durante o apartheid”.

“A resposta: estão a fazê-lo. Agora mesmo”, rematava.

Não houve outras vítimas no incidente que vitimou Bushnell, apesar de duas outras pessoas terem ficado feridas, incluindo um segurança que tentou impedir a imolação. As autoridades norte-americanas já confirmaram que irão investigar o sucedido.

É o segundo norte-americano que decide pegar fogo ao seu próprio corpo em protesto com a agressão israelita em Gaza e o envolvimento dos EUA, o principal aliado militar e político de Telavive. No início de dezembro, um protestante não-identificado imolou-se à porta do consulado israelita em Atlanta, na Georgia, tendo sobrevivido aos ferimentos.

Recorde-se que os números elevados de vítimas civis palestinianas precipitaram a África do Sul a mover uma acusação no Tribunal Penal Internacional (TPI) por genocídio, caso aceite pelo tribunal. Num caso separado, Telavive está também a responder no TPI quanto à legalidade da ocupação dos territórios palestinianos.

A ofensiva em Gaza já matou pelo menos 29.782 pessoas em Gaza, a maioria delas mulheres e crianças, e mais de 70 mil pessoas estão feridas. A atual campanha militar iniciou a 7 de outubro, depois dos ataques do Hamas em Israel que mataram cerca de 1.200 pessoas, além dos mais de 200 israelitas tomados como reféns.

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