Mensagens de Marcelo? Chega acusa PSD e Aguiar-Branco de "boicote"

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O líder do Chega, André Ventura, falou, esta quinta-feira, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras, no dia seguinte ao Partido Social Democrata (PSD) ter apresentado um requerimento para suspender acessos a comunicações por pessoas singulares neste âmbito.

"Um dos partidos, não por acaso o de origem da família do Presidente da República, veio pedir ontem a suspensão de entrega de todos os elementos de comunicação a esta comissão - até se obter o tal parecer", começou por relembrar em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

"Não queríamos deixar de notar o tremendo boicote que isto representa para os trabalhos da Comissão de Inquérito. A tentativa aparente de fazer atrapalhar os trabalhos de investigação do Parlamento, quando é sabido e pacificado de todos que as comi in são especiais, que têm poderes equiparados aos dos órgãos judiciários e isso consta na lei, expressa e explicitamente", justificou.

Mas para além deste pedido por parte dos sociais-democratas, Ventura apontou ainda o dedo ao presidente de Assembleia da República (PAR), que solicitou ao Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República um parecer - citado assim - sobre esse assunto. "Quer o presidente da Assembleia da República, quer os deputados do PS, estão a contribuir para que esta comissão de inquérito tenha a sua vida dificuldade, mais fragilizada e com menos dificuldade de atuação", acusou.

Ventura referiu que estas duas ações "não era positivo" para "quem queria descobrir a verdade". Questionado sobre o pedido do PAR, José Pedro Aguiar-Branco, não teve um procedimento normal ao pedir o parecer (sobre a solicitação do acesso a mensagens de Marcelo Rebelo de Sousa), Ventura desvalorizou 

"Se eu fosse Presidente da República, o que eu acho que seria útil de ser feito: entregaria a esta comissão tudo o que tem a ver com este tema. Independentemente de estatutos, posições jurídicas, a verdade está acima disso tudo. Isso já devia ter sido feito", completou.

Em causa na comissão parlamentar de inquérito e no processo em investigação pela PGR, que tem como arguidos o ex-secretário de Estado da Saúde Lacerda Sales e Nuno Rebelo de Sousa, filho do Presidente da República, está a forma como duas crianças luso-brasileiras acederam ao tratamento com o medicamento Zolgensma no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Um medicamento que tem um custo de dois milhões de euros por pessoa.

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