Quando eu era pequenino, já tinha a mentalidade: é um dos trechos presentes na bancada do D. Afonso Henriques. Para Jota, pode não ser de pequenino, mas incorpora na perfeição o lema vitoriano. Com golo do extremo português, o Vitória venceu o Penafiel por 1-0 e garantiu o seu lugar nos quartos de final da Taça de Portugal. No primeiro tempo faltou vontade e qualidade. No segundo, não houve sempre qualidade, mas vontade de vencer não faltou às duas equipas. Taça tem sido sinónimo de mudanças nos onzes. Em Guimarães, as equipas não fugiram à regra: cinco alterações do Vitória, outras tantas no Penafiel. Do lado dos da casa, destaque para a relegação de Jota para o banco (sempre titular esta temporada) e para a entrada de João Mendes - o homem que resgatou um ponto no derby do Minho. Do lado penafidelense, o homem-golo Gabriel Barbosa também foi suplente. @Catarina Morais / Kapta + Num ambiente pouco usual no D.Afonso Henriques - com muito menos público que o habitual - e os jogadores pareceram sentir isso. O jogo começou amorfo, sem grandes aventuras nem oportunidades. Mangas apareceu na cara de Balde, mas o guardião guineense agarrou facilmente. Adílio, mais tarde, apareceu solto na sequência de um contra-golpe do Penafiel, mas não conseguiu rematar. Até ao fim do primeiro tempo, o Vitória teve mais bola, situação oferecida pelo Penafiel, que se organizava em 5-3-2, mais baixo, entregando a iniciativa aos Conquistadores. A posse de bola vitoriana foi feita cada vez mais em zonas mais adiantadas, mas inofensiva, dada a organização forasteira. O ambiente não era o melhor, o jogo também não: mudar era uma necessidade Os balneários parecem ter revigorado as equipas, pelo menos no que toca a vontade. Nuno Santos, depois de um canto, desperdiçou o golo inaugural. Na resposta, Robinho mostrou a garra penafidelense. Primeiro, enviou um cruzamento à barra da baliza de Charles. Depois, Isolou-se pela direita e obrigou o guardião vitoriano a uma defesa esforçada. Alguns assobios depois do susto, a equipa do Vitória foi para cima do Penafiel e começou a demonstrar o estatuto de favorito, crescendo este que coincidiu com a entrada de Jota nos vimaranenses. Mangas atirou ao poste, de canto, e avisou ao que vinha o Vitória. Nélson da Luz, também recém-entrado, tentou de longe, mas saiu ao lado. Que a entrada de Jota mudou o jogo, era quase um dado adquirido, mas extremo não se deu por contente apenas com esse rótulo. Cruzamento da esquerda, de Mangas, e Jota, ao segundo poste, marcou e tranquilizou o D. Afonso Henriques, quando o jogo entrava no último quarto de hora. É sempre o jogador que melhor personifica o clube: vontade, paixão e mentalidade. Minutos depois, Jota ainda ofereceu o segundo a Nelson da Luz, mas o angolano desperdiçou clamorosamente. O Penafiel não ameaçou mais a baliza de Charles, mantendo-se a margem mínima até ao final.Faltou um pouco de tudo
Mudou o chip