Mentalidade de Jota valeu quartos

8 meses atrás 63

Quando eu era pequenino, já tinha a mentalidade: é um dos trechos presentes na bancada do D. Afonso Henriques. Para Jota, pode não ser de pequenino, mas incorpora na perfeição o lema vitoriano. Com golo do extremo português, o Vitória venceu o Penafiel por 1-0 e garantiu o seu lugar nos quartos de final da Taça de Portugal. No primeiro tempo faltou vontade e qualidade. No segundo, não houve sempre qualidade, mas vontade de vencer não faltou às duas equipas. 

Faltou um pouco de tudo

Taça tem sido sinónimo de mudanças nos onzes. Em Guimarães, as equipas não fugiram à regra: cinco alterações do Vitória, outras tantas no Penafiel. Do lado dos da casa, destaque para a relegação de Jota para o banco (sempre titular esta temporada) e para a entrada de João Mendes - o homem que resgatou um ponto no derby do Minho. Do lado penafidelense, o homem-golo Gabriel Barbosa também foi suplente.

@Catarina Morais / Kapta +

Num ambiente pouco usual no D.Afonso Henriques - com muito menos público que o habitual - e os jogadores pareceram sentir isso. O jogo começou amorfo, sem grandes aventuras nem oportunidades. Mangas apareceu na cara de Balde, mas o guardião guineense agarrou facilmente. Adílio, mais tarde, apareceu solto na sequência de um contra-golpe do Penafiel, mas não conseguiu rematar.

Até ao fim do primeiro tempo, o Vitória teve mais bola, situação oferecida pelo Penafiel, que se organizava em 5-3-2, mais baixo, entregando a iniciativa aos Conquistadores. A posse de bola vitoriana foi feita cada vez mais em zonas mais adiantadas, mas inofensiva, dada a organização forasteira. 

O ambiente não era o melhor, o jogo também não: mudar era uma necessidade

Mudou o chip

Os balneários parecem ter revigorado as equipas, pelo menos no que toca a vontade. Nuno Santos, depois de um canto, desperdiçou o golo inaugural. Na resposta, Robinho mostrou a garra penafidelense. Primeiro, enviou um cruzamento à barra da baliza de Charles. Depois, Isolou-se pela direita e obrigou o guardião vitoriano a uma defesa esforçada.

Alguns assobios depois do susto, a equipa do Vitória foi para cima do Penafiel e começou a demonstrar o estatuto de favorito, crescendo este que coincidiu com a entrada de Jota nos vimaranenses. Mangas atirou ao poste, de canto, e avisou ao que vinha o Vitória. Nélson da Luz, também recém-entrado, tentou de longe, mas saiu ao lado. 

Que a entrada de Jota mudou o jogo, era quase um dado adquirido, mas extremo não se deu por contente apenas com esse rótulo. Cruzamento da esquerda, de Mangas, e Jota, ao segundo poste, marcou e tranquilizou o D. Afonso Henriques, quando o jogo entrava no último quarto de hora. É sempre o jogador que melhor personifica o clube: vontade, paixão e mentalidade. Minutos depois, Jota ainda ofereceu o segundo a Nelson da Luz, mas o angolano desperdiçou clamorosamente. 

O Penafiel não ameaçou mais a baliza de Charles, mantendo-se a margem mínima até ao final.

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