“Mentiroso, estás a matar a cidade”. Moedas interrompido durante conferência sobre habitação

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Conferência "Habitar as Grandes Cidades"

01 out, 2024 - 11:50 • Diogo Camilo

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa culpou partidos de extrema-esquerda por "usarem a habitação como uma luta ideológica" e não estarem interessados em resolver o problema da habitação.

Carlos Moedas estava a iniciar a sua participação no debate sobre "Habitar as Grandes Cidades", organizado pela Renascença e a Câmara Municipal de Lisboa, quando foi interrompido por um das pessoas na plateia.

“Mentiroso! Estás a matar a cidade! Só ajudas os especuladores”, afirmou um das pessoas que assistia ao debate sobre políticas de habitação nos grandes centros urbanos e que foi retirado do local.

“Gostava que o senhor ficasse. Não quer falar comigo? Venha cá falar comigo”, respondeu Moedas, que de imediato culpou a ideologia de extrema-esquerda que "não está preocupada" em resolver o problema da habitação.

“Isto mostra bem o que vivemos hoje, a ideologia. Há partidos da extrema-esquerda que usam a habitação como uma luta ideológica. Estas pessoas não querem saber, não querem resolver o problema”, afirmou Moedas.

“Este senhor não se interessa sobre a solução. Está numa guerra política. É absolutamente alucinante”, afirma, indicando que, quando o Bloco de Esquerda estava no executivo, foram construídas, em média, 17 casas por ano.

O autarca indicou ainda que, quando chegou à Câmara Municipal de Lisboa, existiam dois mil apartamentos vazios nos bairros municipais.

"Reconstruímos 1.200 dessas casas. Este senhor que está aqui reconhece que entregámos 2.052 casas? Reconhece as famílias que ajudámos? Reconhece que hoje pagamos as rendas a mais de mil famílias?”, perguntou Moedas, continuando o seu discurso sob aplausos.

O presidente da Câmara de Lisboa criticou ainda o episódio de sábado, em que diz que a vereadora da habitação na Câmara de Lisboa, Filipa Roseta, foi "escorraçada" de uma manifestação de habitação.

Um dos movimentos dessa manifestação, o Porta a Porta, esteve também em protesto à porta do Palácio Galveias, onde se está a realizar a conferência, com cerca de uma dezena de pessoas.

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