Meo, Nos e Vodafone voltam a subir preços em 2024. Aumento será em linha com a inflação

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A fatura das telecomunicações vai ficar mais cara no próximo ano. A Meo, Nos e Vodafone divulgaram esta segunda-feira que planeiam subir os preços dos serviços em linha com a inflação de 2023. Isto significa que os clientes poderão ver um aumento dos preços até 4,6%, caso as previsões do Governo se confirmem.


"De acordo com os termos e condições previstos no contrato, a Vodafone Portugal vai atualizar o preço dos serviços de telecomunicações prestados aos seus clientes, a partir de 1 de fevereiro de 2024. A atualização será calculada com referência à taxa de inflação, baseada no índice de preços no consumidor referente ao ano 2023 e publicado em cada ano pelo Instituto Nacional de Estatística", refere a operadora liderada por Luís Lopes, na sua página oficial.


Também a Nos informa que os preços serão atualizados de acordo com o IPC anual deste ano e entram em vigor a 1 de fevereiro de 2024. "Esta atualização incide sobre as mensalidades de serviços bem como as tarifas extra plafond", explica a operadora liderada por Miguel Almeida, justificando que "o contexto inflacionista tem vindo a agravar os custos do setor das comunicações". 

No caso da Meo, que é detida pela Altice Portugal, os preços das mensalidades de serviços fixos com TV e convergentes vão ver um aumento em linha com a inflação, mas as mensalidades de serviços pós-pagos móveis e cartões móveis adicionais vão subir 0,50 euros, o valor mínimo contratualmente previsto.

As operadores vão divulgar mais informações sobre a atualização de preços em janeiro do próximo ano. No caso da Vodafone, serão dados novos detalhes a partir de 15 de janeiro, no da Meo a 19 de janeiro e no da Nos a 23 de janeiro.

O anúncio das operadoras surge dias depois de a Anacom ter pedido "contenção" no aumento dos preços para o próximo ano.

"A aplicação de dois aumentos consecutivos de preços com base no IPC, tendo em conta a sua dimensão – até 7,8% em 2022 e uma estimativa de 4,6% em 2023 – terá um impacto relevante no orçamento das famílias, em particular as que se encontram em situação de maior vulnerabilidade económica, sobretudo em anos de inflação elevada", referiu o regulador das comunicações.


A Anacom defende que, com dois aumentos consecutivos em linha com a inflação, "os preços poderão aumentar 12,8% em dois anos".

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