Mercado global dos smartphones deve manter crescimento de 1% em 2026, prevê Goldman Sachs

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Em causa está “visão conservadora sobre inovações lentas”, o tempo de substituição de equipamentos, que se tem alongado, e o facto de o 6G ainda estar numa fase inicial, segundo os analistas.

O mercado global dos smartphones deverá manter um “modesto” crescimento anual de 1% em 2026-2027, de acordo com as novas previsões do Goldman Sachs. O banco de investimento atualizou esta quinta-feira as expectativas para esta indústria, mantendo a ideia de que este ano e no próximo haverá uma recuperação das entregas na ordem dos 3%.

Ou seja, depois deste ciclo de contração que se vive, haverá uma ligeira recuperação e daqui a dois ou três anos o crescimento rondará 1%. Em causa está “visão conservadora sobre inovações lentas”, o tempo de substituição de equipamentos, que se tem alongado, e o facto de o 6G ainda estar numa fase inicial, segundo os analistas.

Paralelamente, o Goldman Sachs divulgou a estimativas globais para os telemóveis dobráveis, onde se observa que as entregas mundiais sejam de 29-47 milhões de unidades em 2024-2025 e ocupem uma percentagem de 2,5%-3,9% do negócio dos smartphones, nomeadamente porque os preços estão mais baixos.

“Em 2023, vimos uma tendência de queda dos preços dos telefones dobráveis para 600-700 dólares [cerca de 571-643 euros], dos 1.500 dólares [919 euros] em 2021-2022, o que impulsionou a taxa de penetração. A capacidade mais suficiente dos fabricantes de painéis chineses e a expansão da dobra horizontal para a dobra vertical (flip) levam a um preço de venda mais acessível”, explicam os autores do relatório.

Os peritos do banco norte-americano antecipam que a contribuição dos telemóveis dobráveis neste mercado aumente para 2,5%-3,9% em 2024-2025 – ou 29-47 milhões de unidades entregues – com a sul-coreana Samsung no trono das empresas com maior quota mundial (41%-33%), seguida pela Huawei (26%-32%) no segundo lugar do pódio. As outras marcas de smartphones líderes da China (Honor, Xiaomi, Oppo, Transsion…) deverão ter 3-7% cada.

“Com os telefones dobráveis a começar a mostrar uma procura crescente (as entregas no terceiro trimestre de 2023 aumentaram para 7,5 milhões de unidades contra 3,3 milhões de unidades de média nos últimos oito trimestres) e o medo dos fabricantes em ficar para trás numa tendência, perante uma concorrência feroz num mercado saturado de smartphones, esperamos que mais marcas comecem a oferecer uma categoria de telefones dobráveis para capturar compradores”, creem os analistas do Goldman Sachs.

Há até uma comparação entre a utilização de telemóveis dobráveis e o papel eletrónico (e-paper), que normalmente está nos tablets que tentam imitar os cadernos convencionais e que ainda têm uma taxa de penetração reduzida, embora se encontrem um ponto de inflexão de crescimento.

Porquê? Melhorias. Nesta análise, Allen Chang, Verena Jeng, Giuni Lee, Timothy Zhao, Michael Ng, Xuan Zhang, Bruce Lu, Daiki Takayama, Toshiya Hari, Lynn Luo, Chao Wang e Evelyn Yu, recordam que a E Ink introduziu o e-paper colorido e o mesmo tem estado em constante atualização e adoção, como se viu na CES 2024 com a Lenovo ou a Transsion. “Dá diferenciação imediata para os utilizadores finais”, concluem.

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