Mercados atravessam “momento da verdade” em fase de recuperação “limitada”

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O sell-off que teve o seu pico no dia 5 de agosto foi sucedido por recuperações ligeiras na bolsa, com as ações a valorizarem substancialmente menos do que caíram em apenas dois dias. Neste contexto, destaque para as Sete Magníficas, algumas das quais sobressaíram entre os maiores tombos e estão ainda longe de recuperar.

O sell-off que se observou nos mercados globais, e que terminou no dia 5 de agosto, despertou o pânico dos investidores, levando a descidas acentuadas dos índices, um pouco por todo o mundo. A recuperação iniciou-se na terça-feira, mas as negociações ainda estão longe de atingir os níveis anteriores.

À conversa com o Jornal Económico (JE), o economista Filipe Garcia explica que “é justo dizer que as algumas das empresas que mais tinham subido também foram aquelas que desceram mais, até do ponto de vista percentual”, refere. O próprio dá os exemplos da Nvidia e da Apple como casos notórios disto mesmo.

As ações das gigantes tecnológicas assumiram uma trajetória semelhante àquela que foi apresentada pelo mercado “como um todo”. Ou seja, depois das quedas acentuadas, os índices têm estado em recuperação mas, pelo menos por enquanto, esta é “limitada”.

Isto porque as subidas “não colocam os índices num nível acima do que estavam no dia 2 de agosto”, quando os dados do emprego nos EUA desiludiram os investidores. Na altura, foram muitos os que recearam uma eventual recessão na economia norte-americana.

Sendo certo que houve valorizações, as capitalizações “estão muito longe de máximos”, com a Nvidia 22% abaixo do valor mais elevado, registado em junho. A Apple, por seu turno, “caiu cerca de 8% desde o dia 15 de julho”.

Nesse sentido, as Sete Magníficas (nas quais também se incluem Alphabet, Amazon, Meta Platforms, Microsoft e Tesla) registaram “uma correção importante”, que deixa os mercados numa situação crítica. Nesse sentido, refere mesmo que se trata, por esta altura, do “momento da verdade, para saber se ainda há força para levar as cotações para novos máximos.”

Olhando às empresas de menor capitalização, que se viram “deixadas para trás” neste bull market, (período de subidas nos mercados), tiveram, na segunda metade de julho, “uma performance relativa muito superior às de grande capitalização e às growth stocks“, em função de uma tendência para rotação de investimentos. Ainda assim, essa rotação viu-se travada com o sell-off e, nesse sentido, “foi sol de pouca dura”.

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