México: Claudia Sheinbaum inicia mandato com foco na violência interna

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Críticos dizem que plano para combater (sem armas) o narco-tráfico já deu mostras de não funcionar. A nova presidente é uma das maiores interessadas nos resultados das eleições norte-americanas.

É um dos maiores problemas do México, mas a nova presidente, Claudia Sheinbaum, surpreendeu o país ao anunciar que a sua Estratégia de Segurança Nacional tem como objetivo geral pacificar o território e não perseguir o narco-tráfico com as mesmas armas dos poderosos grupos regionais. A nova presidente afirmou que não está interessada em mandar polícias e militares de espingardas na mão contra os grupos que infestam o México – principalmente as zonas de fronteira com os Estados Unidos – uma vez que essa estratégia revelou-se calamitosa, não só em termos de resultados como de efeitos colaterais (a morte de civis).

O novo plano terá por base quatro eixos essenciais: uma atenção renovada às causas da violência; a consolidação da Guarda Nacional, o fortalecimento da inteligência e da pesquisa; e a coordenação entre o Gabinete de Segurança federal e as regiões. “Não queremos combater violentamente o crime organizado”, mas fortalecer a atenção às causas. “A guerra às drogas não vai voltar. Não procuramos execuções extrajudiciais, que foi o que aconteceu. O que vamos usar? Prevenção, atenção às causas, inteligência e presença nesta estratégia de quatro eixos”, disse. Até agosto passado, foram registados 186.380 homicídios no México, mais 35,75% que os verificados nos seis anos de presidência de Enrique Peña Nieto (2012-18). O que indica com clareza que o seu sucessor, López Obrador (2018-2024) falhou na estratégia. Ora, dizem os críticos, a estratégia apresentada por Claudia Sheinbaum é muito semelhante à de Obrador.

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