Michael Page: 23% das executivas sofrem discriminação de género pelo menos uma vez no ano

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Estudo divulgado esta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, revela que uma fatia significativa das mulheres executivas é alvo de discriminação de género pelo menos uma vez por ano.

Estudo da Michael Page revela que 18% dos trabalhadores do género masculino afirmam não se preocupar com a igualdade de género, enquanto as mulheres estão expostas à discriminação de género no local de trabalho três vezes mais frequentemente do que os homens.

Segundo o estudo, 23% das mulheres executivas sofrem discriminação de género todos os anos.

A falta de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional faz com que 25% das mulheres abandonem carreiras tecnológicas. Além disso, as tarefas de prestação de cuidados fazem com que 7% das mulheres europeias abandonem o mercado de trabalho.

O estudo “Insights sobre Sustentabilidade” da Michael Page revela ainda que no segmento C-Level, 31% das mulheres sofrem atitudes e comportamentos discriminatórios relacionados com o género pelo menos uma vez por ano.

Assinalando o Dia Internacional da Mulher que se celebra a 8 de março, a Michael Page destaca alguns dos preconceitos abertos e ocultos mais comuns que as mulheres enfrentam no local de trabalho e a necessidade de serem contornados:

«1-Preconceito de simpatia: Ao contrário dos homens, as mulheres costumam ser consideradas como mais “duras” porque são assertivas. Estas críticas tendenciosas são subjetivas e vagas, e devem ser reformuladas e desafiadas.

2-Preconceito de Desempenho: O desempenho das mulheres é muitas vezes subestimado, enquanto o dos homens é sobrestimado. As mulheres podem recusar oportunidades que lhes são favoráveis devido a preconceitos de desempenho, pelo que se deve contrariar esta tendência e incentivar e apoiar o desenvolvimento das carreiras.

3-Preconceito da maternidade: Pressupõe que as mulheres são menos orientadas para a carreira do que os homens. Avaliações tendenciosas não são baseadas em evidências. A questão sobre o fundamento deste preconceito deve ser avaliada.

4-Preconceito de atribuição: As mulheres recebem menos créditos e são mais culpabilizadas do que os homens pelas suas ações. Destacar as conquistas das mulheres e o seu contributo para o sucesso das equipas e utilizar as redes sociais para apoiar o seu desempenho é uma forma de reconhecimento.

5-Preconceito de afinidade: Favorecer pessoas com as quais nos identificamos e excluir aquelas que são diferentes é um preconceito de proximidade. Desafiar esse preconceito destacando que a palavra “diferente” pode oferecer diversidade e uma nova perspetiva para a equipa, é uma abordagem positiva e inclusiva.

6-Preconceito de intersecionalidade: As mulheres enfrentam diferentes tipos de discriminação baseados na raça, orientação sexual, deficiência e outros aspetos da sua identidade, que se sobrepõem à sua experiência. Afirmar que as mulheres com deficiência ou outras características de identidade recebem “tratamento especial”, não é aceitáve».

Devemos aprender a reconhecer e desafiar noções pré-concebidas e estereótipos em nós próprios e nos outros e continuar a aumentar a notoriedade sobre o problema da discriminação. Trabalhamos de forma contínua com as organizações para tornar a sua cultura mais inclusiva, diversa e equitativa e eliminar os preconceitos que impedem o seu desenvolvimento”, afirma Sílvia Nunes, senior director na Michael Page.

Na perspectiva da gestora, o Dia Internacional da Mulher é “uma data relevante para nos debruçarmos sobre os obstáculos que afetam as competências das mulheres e os apoios que precisam para as capacitar, para que possam acelerar as suas carreiras, desempenhar cargos de liderança e ter oportunidades mais justas. Mas, todos os dias são importantes para cultivar uma cultura que celebre a diversidade, valorize diversos estilos de liderança, inspire a inclusão e incentive a autoestima”.

Realizado entre maio e junho de 2022, o estudo Insights sobre Sustentabilidade da Michael Page inquiriu 4.755 trabalhadores e candidatos a emprego em toda a Europa Continental.

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