Miguel Menino e o sonho da estreia pelo Sporting: «Se calhar era a semana em que menos esperava"

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A data de 11 de maio de 2024 ficará para sempre na memória de Miguel Menino, médio que desde bem cedo (ainda deu os primeiros passos no pólo EUL) começou a envergar a camisola do Sporting no futebol formação e, aos 21 anos, alcançou um sonho guardado há muito na gaveta. O médio teve a oportunidade de fazer a estreia pela equipa principal dos leões na visita ao Estoril, que terminou com vitória (1-0) dos verdes e brancos, na penúltima jornada do campeonato, e já na derradeira ronda festejou o título em pleno Estádio José Alvalade.

Em entrevista ao 'Jornal Sporting', Miguel Menino recorda como viveu todo este ambiente, destacando o percurso gradual que fez desde o pólo EUL até concretizar a ambicionada estreia pela equipa principal dos leões. Tal foi possível pela mão de Rúben Amorim, técnico que recompensou todo o trabalho de Menino ao longo das últimas temporadas, algo que o jovem jogador não deixa passar em branco.

"Acho que ainda não caí em mim quanto a tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Ainda não me caiu a ficha, mas foi ótimo e o concretizar do meu sonho de pequenino, mais ainda com o sonho de ser campeão nacional também. Cumpri dois sonhos. Merecia esta recompensa. E foi o que o míster Amorim disse na conferência, eu ajudei nos treinos, tal como outros, e ele quis dar-me esse prémio porque sente que eu fui importante para eles", assume o médio, antes de revelar como recebeu a notícia da chamada à equipa principal na deslocação ao terreno do Estoril.

"Estava em casa a jogar Playstation quando soube. Mandaram-me mensagem, vi, mas nem liguei muito e continuei a jogar [risos]. Encaro as coisas sempre com normalidade, mas, neste caso, podia ter sido mais efusivo. Não fui talvez porque sou um bocado frio e sou sempre muito racional ou então porque nem tive a real noção do que me estava a acontecer [risos]. As pessoas à minha volta diziam que era bom o míster chamar-me, mas sempre mantive os pés bem assentes na terra e dizia 'vamos ver' e nessa semana até fiquei doente. Por isso, se calhar era a semana em que menos esperava, mas aconteceu", admitiu acerca da convocatória.

Sem esquecer o trajeto na formação, pintado somente com as cores verde e branco, e destacando Filipe Çelikkaya como o treinador que mais o marcou - "foi o primeiro treinador que tive na equipa B, que é um escalão que nos dá maior noção do que é o futebol profissional. Sempre nos transmitiu confiança e fez-nos ver que a realidade fora daqui é bem diferente", aponta - Menino garante que cumpriu um grande objetivo na sua "segunda casa".

"O que sempre li ali na Academia é 'o próximo és tu' e serei eu, de facto a ter o nome inscrito no mural. Já lá estão vários amigos e agora o meu nome vai para lá também. Se já ficava contente ao ver o deles, naturalmente que me deixa satisfeito e orgulhoso saber que agora é o meu que vai para lá e que ficará eternizado. O Sporting é como a minha segunda casa. Cheguei aqui com 7 anos e nunca me faltaram com nada. Cresci, fiz-me homem e jogador aqui e, na realidade, não sei o que é viver sem o Sporting na minha vida", concluiu o médio que tem contrato com o emblema de Alvalade até junho de 2025, mas que poderá dar um salto para outra paragem fora de Alvalade na próxima temporada.

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