Um “pequeno terramoto no meio judicial”. É assim que o “Expresso” define o conflito entre o Ministério Público e os juízes causado pela investigação na Madeira e iniciado com as investigações que levaram à queda do Governo.
Primeiro a Operação “Influencer” e depois a Operação “Zarco”. As investigações que derrubaram dois Governos (o nacional e o regional da Madeira) no espaço de três meses, e mais concretamente a não validação por parte do juiz de instrução das pretensões por parte do Ministério Público, causaram um “pequeno terramoto no meio judicial”, avança o “Expresso” esta sexta-feira.
De um lado os procuradores, do outro juízes, escreve o semanário. O juiz de instrução anunciou esta quarta-feira as medidas de coação dos três detidos no âmbito da investigação por suspeitas de corrupção na Madeira. Pedro Calado, ex-presidente da Câmara do Funchal e os dois empresários ligados a grupos de construção saíram com a medida cautelar menos gravosa, ao contrário daquilo que pedia o Ministério Público.
De acordo com a PJ e o MP, estão em causa suspeitas dos crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poder e tráfico de influência.
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