Ministério Público investiga atual e anterior câmara da capital de Cabo Verde

1 semana atrás 37

Um despacho, a que a Lusa teve acesso, invoca denúncias de um inspetor das finanças, Renato Fernandes, sobre alegadas irregularidades e coloca o atual presidente da autarquia, Francisco Carvalho, numa lista de suspeitos.

Estão em causa indícios de falsificação de documentos públicos, recebimento indevido de vantagem, peculato, defraudação de interesses patrimoniais, abuso de poder e violação de norma de execução orçamental, lê-se no documento.

Outro despacho, igualmente lido pela Lusa, diz respeito a ilegalidades em obras e outros procedimentos municipais entre 2016 e 2019, indicando como suspeito o então presidente da autarquia, Óscar Santos, atual governador do Banco de Cabo Verde (BCV).

Um terceiro mandado ordenou buscas na empresa Construção Barreto, na cidade da Praia.

Óscar Santos presidiu à Câmara da Praia entre 2016 e 2020, eleito pelo Movimento pela Democracia (MpD), partido que atualmente lidera o Governo cabo-verdiano.

Sucedeu-lhe Francisco Carvalho, eleito em outubro de 2020 com apoio do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, atual oposição no parlamento), que já anunciou a sua recandidatura ao cargo, nas eleições autárquicas que vão decorrer ainda este ano, em data a agendar.

Francisco Carvalho já reagiu e disse aos jornalistas estar "sereno e tranquilo" face às diligências, garantindo que não há "nem cinco tostões" que tenha tirado aos cofres da autarquia.

À porta da Câmara, elementos da Polícia Nacional confirmaram os "procedimentos" e prometeram divulgar mais informações posteriormente.

A agência Lusa tentou obter mais informações junto do Ministério Público, mas até agora não foi possível.

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