Ministério Público pede julgamento de Salgado e Sobrinho no processo BES Angola

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“Existem fortes indícios da prática dos crimes. Há um volumoso acervo de meios de prova, entre eles a prova pericial, documental, mensagens de correio eletrónico e escutas”, disse a procuradora do Ministério Público.

3 Junho 2024, 14h23

O Ministério Público pediu que todos os arguidos do processo BES Angola sejam julgados por burla no âmbito do desvio de dinheiro do banco angolano para fins pessoais, o que resultou em prejuízo para o BES português. Entre os arguidos estão Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho, ex-presidente do BES Angola.

Álvaro Sobrinho foi acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento, ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, viu serem-lhe imputados cinco crimes de abuso de confiança e um de burla, e os ex-administradores Amílcar Morais Pires, visado por um crime de abuso de confiança e outro de burla, Helder Bataglia, acusado de um crime de abuso de confiança, e Rui Silveira, que responde apenas por um crime de burla, são os arguidos que o Ministério Público pede para irem a julgamento.

“Existem fortes indícios da prática dos crimes. Há um volumoso acervo de meios de prova, entre eles a prova pericial, documental, mensagens de correio eletrónico e escutas”, disse a procuradora do Ministério Público durante o debate instrutório. A procuradora considerou que há mais probabilidades de os arguidos virem a ser condenados do que absolvidos, caso o processo siga para julgamento.

A acusação do processo BESA foi conhecida em julho de 2022 e respeita à concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário. Por força desta atividade criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

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