Ministra da Justiça pede um novo procurador-geral da República "que ponha ordem na casa"

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27 jun, 2024 - 09:24 • Olímpia Mairos

Em entrevista à Rádio Observador, Rita Alarcão Júdice defende que é necessária uma pessoa com perfil de liderança e de comunicação para suceder a Lucília Gago.

A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, entende que é preciso um novo Prourador-geral da República (PGR) "que ponha ordem na casa".

Em entrevista à Rádio Observador, a ministra defende que o próximo PGR deve ter um perfil de liderança e de comunicação, além de capacidade para iniciar uma nova era que ponha fim a uma “certa descredibilização" do Ministério Público (MP).

“Precisamos de uma pessoa que tenha uma boa capacidade de liderança e de comunicação porque os tempos modernos já não se compatibilizam com a ideia de que podemos estar dentro dos nossos gabinetes e não falarmos, não comunicarmos e não explicarmos aos cidadãos nas sedes próprias”, disse Júdice, em entrevista ao programa “Justiça Cega”.

Para a ministra da Justiça, “o MP é muito importante, a sua capacidade e credibilidade é determinante para o bom funcionamento da Justiça”, pelo que é essencial ter alguém que possa restituir essa confiança, com capacidade de gestão, capacidade de liderança e ser uma face visível nesta fase crítica e sem medos.

Sem nunca comentar o trabalho desenvolvido por Lucília Gago, que já anunciou que vai jubilar-se em outubro, a ministra da Justiça admite que os últimos tempos têm sido muito duros, quer para o Ministério Público quer para a procuradora-geral, e criaram algum descontentamento.

Quem vier a suceder-lhe deverá ser alguém que possa vir a marcar uma nova era para o Ministério Público, defende a ministra, adiantando que o processo de escolha do novo PGR será liderado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Questionada sobre a necessidade de aumentar um escrutínio do poder político sobre a atividade do Ministério Público, Rita Alarcão Júdice diz que não, mas que gostaria de ver uma maior resposta do Ministério Público às preocupações efetivas dos cidadãos na investigação criminal e que preocupam e afetam todos transversalmente.

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