Ministro da Agricultura acusa Governo PS de desperdiçar 8,3 mil milhões de euros do PRR

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Emissão Renascença | Ouvir Online

28 abr, 2024 - 12:19 • Manuela Pires

José Manuel Fernandes participou esta manhã na Universidade Europeia do PSD e considerou que os agricultores têm razão quando protestam contra “um radicalismo verde” na europa.

O ministro da Agricultura e Pescas, que no Parlamento Europeu trabalhou no mecanismo de recuperação de resiliência (PRR), confidenciou esta manhã aos jovens da Universidade Europeia, num debate organizado pelo PSD, que se sente frustrado porque o anterior Governo não aproveitou mais de 8 mil milhões de euros do PRR que podiam ser investidos num plano nacional de uso eficiente da água.

“Nós perdemos uma oportunidade. Tínhamos 8,3 mil milhões de euros para investir, por exemplo, num plano nacional para o armazenamento e abastecimento eficiente da água e não o fizemos. E agora não podemos voltar atrás”, referiu o ministro da Agricultura.

José Manuel Fernandes explicou que Portugal podia ter pedido esse dinheiro até agosto do ano passado e não o quis fazer, ao contrário da Espanha. “O Governo socialista anterior, fruto da sua incompetência e do seu desleixo não avançou rapidamente para a execução de todos estes fundos que são cruciais para Portugal”, acusou José Manuel Fernandes.

Mas, para o antigo eurodeputado, não é só no PRR que o governo de António Costa esteve mal, também na execução do programa PT 2030, as taxas são muitos reduzidas, quase perto do zero. “O Portugal 2030, neste momento tem uma execução em ternos de pagamentos próximo do zero”, revelou o ministro da Agricultura.

José Manuel Fernandes foi desafiado logo no início da sessão a falar sobre os protestos dos agricultores. O ministro diz compreender os protestos porque os agricultores estão a ser desconsiderados e alvos de um “radicalismo verde” que não beneficia o ambiente.

“Eles, muitas vezes, são apresentados como se fossem uns vilões e uns inimigos do ambiente. Pedem-se exigências ambientais e não lhes damos os recursos. Há um radicalismo verde que impede que se atinjam os objetivos climáticos”, disse José Manuel Fernandes aos alunos da Universidade Europeia.

O ministro diz que a Europa precisa de moderação e que não se pode anunciar uma redução da produção porque isso iria aumentar o preço dos produtos e o transporte “iria ter uma pegada ambiental superior”.

“Por isso, quando não há lógica nas posições, claro que depois os agricultores se revoltam”, disse, concluindo que é necessário dar os meios adequados aos agricultores para essa transição.

Ainda este sábado, a ministra do Ambiente e Energia defendeu que a agricultura, tal como outros sectores como a indústria, têm de ser capazes de ter um menor impacto no ambiente. Num debate com alunos da Universidade Europeia, organizada pelo PSD, Maria da Graça Carvalho referiu que é necessário usar as novas tecnologias para reduzir as emissões.

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