O ministro da Educação foi a Évora ouvir as preocupações dos estudantes do ensino superior, mas continuou a adiar uma resposta concreta sobre se vai ou não propor o descongelamento das propinas no próximo Orçamento do Estado.
“Nós não temos a decisão tomada, ou seja, é uma decisão que o país tem de discutir porque é uma dimensão essencial do financiamento das instituições do ensino superior e nós já dissemos que não concordamos com a medida que foi seguida nos últimos anos, que seria de diminuição das propinas, as propinas fazem sentido e têm um racional e penso que não faz sentido quando nós temos essa desigualdade no próprio acesso ao ensino superior que temos de combater, estarmos a reduzir as propinas quando as famílias que conseguem, apesar de tudo a maior parte, tem meios para pagar. A propina nem é sequer o valor mais relevante no custo, é a habitação”, disse Fernando Alexandre, ministro da EducaçãoFernando Alexandre defende que as propinas são essenciais para que as instituições não dependam apenas do financiamento do Estado.
“Nós olhamos para as propinas como um instrumento de financiamento das instituições. A ação social é outro tema completamente diferente e, por isso, nenhum aluno ficará ou deverá ou poderá, e nós iremos fazer tudo para que não aconteça, excluído do ensino superior por razões económicas”, explica Fernando Alexandre.O possível aumento das propinas está a preocupar os estudantes, que juntam outros problemas à lista.
Sobre o descongelamento das propinas, a situação deve ficar esclarecida a 10 de outubro, data limite para o Governo apresentar a proposta de Orçamento do Estado.
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