Mísseis Himars. Kiev reivindica ataque a alvos russos com armas ocidentais

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“Era um S-300 russo. Em território russo”, escreveu a ministra Iryna Vereshchuk nas redes sociais, frisando que o ataque ucraniano aconteceu nos “primeiros dias após a permissão para usar armas ocidentais em território inimigo”.

A Ucrânia recebeu nas últimas semanas permissão dos seus principais aliados para atingir, com as armadas cedidas, determinados alvos militares dentro da Federação Russa. Desde o início da guerra, os países parceiros e apoiantes de Kiev proibiram a Ucrânia de atacar dentro do território russo por medo de uma possível retaliação de Moscovo, limitação que não incluía os territórios ucranianos ocupados pela Rússia.

Segundo a imprensa internacional, as forças ucranianas terão usado o sistema de mísseis Himars, fornecido pelos Estados Unidos, na região de Belgorod. O alvo militar russo destruído por Kiev localizava-se a cerca de 60 quilómetros da linha da frente da região de Kharkiv

Embora o Governo ucraniano tenha reivindicado o ataque, não especificou que tipo de armamento utilizou. Isto acontece poucos dias depois de o presidente norte-americano ter dado permissão à Ucrânia para usar armas fornecidas pelos EUA para atacar determinado alvos russos na região de Kharkiv.

Esta mudança de política de Washington sobre as condições em que a Ucrânia pode utilizar as armas que recebe coincidiu com a ofensiva lançada pela Rússia em meados do mês passado contra a região ucraniana de Kharkiv, na fronteira com a Federação Russa.As forças russas abriram uma nova frente depois de cruzarem a fronteira a partir do seu próprio território.

A entrada russa naquela zona do nordeste da Ucrânia despertou preocupação nas capitais ocidentais e em Kiev, que passou a exigir com crescente veemência que fosse permitido neutralizar com as armas recebidas os ataques russos contra Kharkiv, atingindo concentrações de tropas, aviões, sistemas de mísseis e outros alvos russos.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, elogiou a decisão de Joe Biden de permitir alguns ataques em território russo como um “passo em frente” que ajudará as forças ucranianas a defender a região de Kharkiv. O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, confirmou entretanto que Kiev vai continuar a pedir que os outros aliados suspendam também algumas das restrições de uso das armas que fornecem contra alvos localizados na Rússia.

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