Mistura de sensações em Matosinhos

Num jogo apertado, difícil e muito aguerrido, onde ambas as equipas precisavam de pontos, Leixões e AVS não foram além do nulo. No final, os de Matosinhos garantiram a tão desejada manutenção, enquanto os comandados de Jorge Costa ficaram a saber que não conseguem a subida direta à Primeira Liga.

O Leixões queria a manutenção, o AVS a luta pela subida. Eram bons ingredientes para um desejado bom jogo. O AVS, à sua imagem, tentou assumir as rédeas do jogo e a posse de bola, tentando dinamizar Mercado e Tunde - grande duelo com João Oliveira - nas alas, especialmente na direita, onde Edson Farias ia ajudando. Contudo, o Leixões ia estando bem organizado e dificultava essa construção no último terço.

Ofensivamente, os comandados de Fangueiro eram mais assertivos e diretos com bola, procurando a transição, com João Oliveira na direita e as diagonais de Ricardo Valente na frente, e até conseguiram criar perigo, de tal modo que marcaram aos 27', por Simãozinho. Contudo, houve fora de jogo no arranque da jogada e o lance foi invalidado. Este momento, de resto, descaracterizou um pouco a partida até ao intervalo.

A ida aos balneários desencaixou um pouco os miolos das duas equipas e começou a haver mais espaço, embora houvesse muita luta a meio campo. O AVS entrou mais forte e, aos 58', ia marcando por duas vezes, no mesmo lance, na sequência de um livre na esquerda, mas Stefanovic encheu a baliza. A partir daí, o jogo começou a ficar mais partido e o Leixões foi crescendo através da velocidade dos recém entrados Adriano Amorim e Paulité, deixando o AVS e a sua defesa em sentido, mas a verdade é que nada desfez o nulo até final.

Com este resultado, o Leixões garantiu matematicamente a manutenção na Liga Portugal SABSEG, enquanto o AVS «entregou» a subida de divisão ao Nacional da Madeira e ao Santa Clara. A última oportunidade do AVS subir será o play-off, mas ainda terá que o garantir e o Marítimo está na luta.