Mitsubishi Outlander está de volta à Europa. O que traz de novo?

2 horas atrás 24

Depois de uma longa ausência da Europa, o Mitsubishi Outlander está de volta com melhores argumentos do que nunca. Chega a Portugal em 2025.

A Mitsubishi acaba de anunciar a quarta geração do Outlander para o mercado europeu, que passará a ser o topo de gama da marca nipónica no nosso país.

Depois de vários anos ausente da Europa, o Outlander está de regresso e promete respeitar as origens: o mesmo é dizer que continuará a ser um SUV robusto e sem medo de sair do asfalto.

Contudo, apresenta-se com muitas novidades, a começar logo no novo sistema híbrido plug-in, que promete até 87 km de autonomia em modo 100% elétrico, que é praticamente o dobro do que o anterior Outlander PHEV oferecia: apenas 45 km.

Para isso o Mitsubishi Outlander PHEV (denominação oficial) aposta num sistema híbrido que combina com motor a gasolina com 2,4 l de capacidade (é capaz de mover as rodas dianteiras e de gerar eletricidade) e 136 cv com dois motores elétricos, um por eixo.

O motor elétrico montado no eixo dianteiro oferece 85 kW (116 cv) e 255 Nm, ao passo que o propulsor elétrico posicionado no eixo posterior garante 100 kW (136 cv) e 195 Nm.

Contas feitas, o sistema híbrido plug-in do Outlander PHEV disponibiliza 302 cv de potência máxima combinada e 400 Nm de binário máximo. Números que permitem a este SUV acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7,9s e chegar aos 170 km/h de velocidade máxima.

Quanto à bateria com 22,7 kWh de capacidade, permite que este SUV declare os já referidos 87 km de autonomia elétrica, que em combinação com o depósito de combustível com 53 litros, faz com que a Mitsubishi anuncie uma autonomia total em modo híbrido de até 844 km.

Como funciona o sistema híbrido?

O Outlander PHEV conta com três modos de propulsão distintos, que se adaptam aos vários tipos de utilização. O modo EV utiliza exclusivamente energia elétrica e é adequado para situações de baixa/média velocidade; no modo híbrido em série o motor a combustão é chamado a intervir para gerar eletricidade sempre que há um esforço adicional, como por exemplo numa subida: no modo híbrido paralelo, os motores elétricos e o motor a combustão funcionam em conjunto.

A somar a isso, o sistema híbrido disponibiliza quatro modos de funcionamento distintos, que o condutor pode controlar manualmente:

Normal: varia automaticamente entre a condução 100% elétrica e híbrida; EV: propulsão exclusivamente em modo elétrico, sempre que a carga na bateria o permita; Save: mantém o nível de carga da bateria, para que possa ser usada mais tarde; Charge: o motor a gasolina é usado para recarregar a bateria.

Herança off road respeitada

Tal como já acontecia com o seu antecessor, este SUV conta com tração total e com um diferencial ativo (S-AWC), que é capaz de travar de forma independente qualquer uma das rodas traseiras, aumentando assim a tração, independentemente da estrada e das condições da mesma.

Isto porque o Outlander PHEV inclui sete modos de condução selecionáveis: Normal, Eco, Power, Asfalto, Gravilha, Neve e Lama.

Quanto à altura ao solo, está fixada nos 19,5 cm, sendo mais uma característica que permite ao novo Mitsubishi Outlander PHEV continuar a ser um SUV capaz de sair de estrada, sem medo de «sujar os pneus».

O renovado Mitsubishi Outlander PHEV, como já acontecia, partilha a plataforma com o novo Nissan X-Trail— por conta da colaboração da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Distingue-se dos Outlander à venda noutras regiões do mundo também pela revisão da suspensão e direção, pensada para ir de encontro aos padrões dos clientes europeus no que ao conforto e qualidade de rolamento diz respeito.

Nesse sentido, a Mitsubishi também realizou um trabalho específico para os mercados do “velho continente” no que diz respeito ao isolamento acústico.

Cresceu em todos os sentidos

Face ao último Outlander que se vendeu na Europa, este novo modelo cresceu em todas as direções: tem 4719 mm (+24 mm) de comprimento, 1862 mm (+62 mm) de largura e 1750 mm (+40 mm) de altura.

Ainda assim, isso acaba por não se refletir no espaço oferecido, sobretudo quando olhamos para a capacidade da bagageira. Se antes o Outlander híbrido plug-in disponibilizava 498 litros de capacidade de carga e 1602 litros com os bancos traseiros rebatidos, agora fica-se pelos 495 litros e 1422 litros, respetivamente.

Contudo, e uma vez que a distância entre-eixos cresceu 34 mm, é expectável que o espaço para os ocupantes da segunda fila de bancos seja mais folgado.

Interior também evoluiu

Dotado de um visual exterior mais arrojado, com uma nova assinatura luminosa em LED e com para-choques mais robustos, é no interior que o Outlander acaba por mais se destacar.

É certo que as ligações ao Nissan X-Trail acabam por ser evidentes, mas isso não belisca a evolução que este habitáculo representa face ao último Outlander que foi comercializado na Europa.

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Com linhas muito horizontais, como tem sido tendência na indústria, o tabliê do Outlander destaca-se por contar com dois ecrãs de 12,3” cada, sendo que um assume a função de ecrã multimédia e outro chama a si tudo o que está relacionado com a instrumentação.

A Mitsubishi resistiu à tentação de abandonar por completo os botões físicos e, por isso mesmo, contamos com botões dedicados para a climatização e para os modos de condução. E isso são boas notícias.

Como seria de esperar, temos acesso a mordomias como conectividade sem fios com Android Auto e Apple CarPlay, sistema de head-up display que projeta um ecrã com 10,8” no para-brisas, espelho retrovisor digital e bancos dianteiros com ventilação, aquecimento e funções de massagem.

A somar a isso, a Mitsubishi uniu-se à Yamaha para desenvolver um sistema de som com 12 altifalantes — denominado Dynamic Sound Yamaha Ultimate —, que promete transformar o interior do Outlander numa sala de concertos.

Quando chega?

A produção do novo Mitsubishi Outlander PHEV arranca ainda este ano, mas as primeiras unidades só devem chegar ao mercado nacional lá mais para o mês de março de 2025. Por isso mesmo, os preços para Portugal ainda não estão fechados.

O que já está confirmado é a garantia de fábrica de cinco anos ou 100 mil quilómetros, sendo que a construtora nipónica oferece uma garantia ainda maior para a bateria: oito anos ou 160 mil quilómetros.