Moçambique: Antigo ministro das Finanças condenado nos EUA por fraude de dois mil milhões de dólares

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A acusação alegou que a empresa de construção naval Privinvest terá pago a Manuel Chang sete milhões de dólares em subornos em troca da aprovação de uma garantia do Governo de Moçambique para empréstimos a três empresas estatais para desenvolver a indústria pesqueira de Moçambique e melhorar a segurança marítima, de acordo com a Reuters.

O antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, foi condenado por um tribunal norte-americano devido ao seu alegado envolvimento numa fraude de dois mil milhões de dólares em empréstimos a três empresas estatais que tinham como objetivo desenvolver a indústria pesqueira moçambicana.

A Reuters refere que o tribunal de Brooklyn, em Nova Iorque, considerou que Manuel Chang é culpado de conspirar para cometer fraude eletrónica e branqueamento de capitais nos chamados ‘bonds’ do atum.

A agência noticiosa refere que Manuel Chang deve recorrer da decisão do tribunal norte-americano.

A acusação alegou que a empresa de construção naval Privinvest terá pago a Manuel Chang sete milhões de dólares em subornos em troca da aprovação de uma garantia do Governo de Moçambique para empréstimos a três empresas estatais para desenvolver a indústria pesqueira de Moçambique e melhorar a segurança marítima, de acordo com a Reuters. Esses empréstimos tiveram como origem os bancos Credit Suisse e o VTB.

É ainda referido pela agência noticiosa que a acusação alega que Manuel Chang terá recebido esses fundos numa conta bancária da Suíça, controlada por um amigo, e terá feito com que outros responsáveis ​​​​moçambicanos comunicassem à Privinvest sobre os pagamentos, numa tentativa de encobrir os rastos. Os projetos terá falhado e as empresas que foram apoiadas pelo Estado de Moçambique não pagaram os empréstimos, levando a perdas aos investidores.

O caso já levou a que dois banqueiros do Credit Suisse admitissem culpa, em 2019. Neste processo foi absolvido Jean Boustani da Privinvest, salientou a Reuters, e o Credit Suisse concordou em pagar 475 milhões de dólares para resolver as acusações de que é alvo.

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