Montenegro focado em "falar para as pessoas" e não para quem "vai opinar"

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O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro, falou, esta terça-feira, sobre o debate de ontem com o líder do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, do qual resultaram algumas críticas, que apontavam que o líder social-democrata tinha perdido o debate.

"Tivemos um conjunto de debates que foi muito esclarecedor. Fiz um esforço grande em todos eles para apresentar ideias da Aliança Democrática para mobilizar o país, para uma mudança que só está nas mãos das pessoas. E que só tem duas alternativa. A alternativa do Partido Socialista e a da AD. Estou muito satisfeito com o resultado de todos os debates, incluindo com o de ontem. Normalmente vou para estas jornadas focado em falar para as pessoas, focado em não falar para aqueles que vão opinar, mas aqueles que estão em casa e têm o poder de decidir", afirmou, na Almirante Reis, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Luís Montenegro falou também sobre a imigração e importância desta assunto em Portugal.

“Temos de ter regras, temos de saber acolher, integrar. Temos de procurar jovens que queiram vir para Portugal estudar – é uma das melhores maneiras de podermos integrá-los. Temos de procurar e ter políticas para famílias inteiras para evitar fenómenos de redes ilegais, que trazem normalmente progenitores masculinos, de forma individualizada, muitas vezes sem terem perspectiva de trabalho”, referiu, na Almirante Reis, em Lisboa.

Montenegro considerou que não só em Lisboa, como em várias cidades portuguesas que existe “uma realidade na qual muitas pessoas vivem abaixo do limiar daquilo que é aceitável”. O líder social-democrata justificou que muitas destas situações aconteciam precisamente porque não havia o cuidado de “haver regras, por um lado atrair e por outro dignificar”.

Questionado sobre de que forma era possível atingir esta dignificação, Montenegro defendeu que na prática isto aconteceria com políticas públicas. “Faz-se com políticas na habitação, políticas de acolhimento, integração na escola dos mais jovens. Faz-se com uma política transversal que dê aos imigrantes os mesmos direitos e as mesmas oportunidades”, justificou.

"Portugal precisa de ter um programa de atração, acolhimento de mão-de obra emigrante. E não é só para atividade mais indiferenciadas, é mesmo do ponto de vista da qualificação. Neste momento, precisamos de mão de obra qualificada em quase todos os setores de atividade. Do turismo à indústria. Da agricultura ao comércio. Precisamos muito de atrair, acolher e integrar imigrantes",  continuou.

[Notícia em atualização]

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