​Montenegro vítima da Inteligência Artificial. Apresenta queixas por uso da sua voz e imagem em publicidade

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21 out, 2024 - 18:27 • Ricardo Vieira, com Lusa

Imagem do primeiro-ministro utilizada ilegalmente em anúncios para vender um produto financeiro.

O primeiro-ministro apresentou "três ou quatro queixas" por uso indevido da sua voz e imagem para vender um produto financeiro.

A revelação foi feita esta segunda-feira pelo próprio Luís Montenegro, na cerimónia do 79.º aniversário da Polícia Judiciária (PJ), em Lisboa.

Os anúncios fraudulentos foram criados com recurso à Inteligência Artificial (IA).

Desde que assumiu funções como primeiro-ministro, Luís Montenegro já apresentou várias queixas.

Mais meios para o Ministério Público

O primeiro-ministro afirmou estar “muito atento à necessidade de dar meios técnicos, humanos e legislativos às autoridades investigatórias e ao Ministério Público”, considerando que a celeridade da justiça depende também de “mais capacidade de investigar e concluir”.

“Nós estamos muito atentos à necessidade de dar meios técnicos, meios humanos e também meios legislativos às autoridades investigatórias e também ao Ministério Público (MP)”, declarou Luís Montenegro num discurso na sede nacional da Polícia Judiciária.

O chefe do executivo frisou que a celeridade da justiça é “um ponto absolutamente crucial da confiança dos cidadãos no sistema de Justiça” e considerou que, “para as investigações e as decisões serem céleres, é preciso haver meios humanos, técnicos, capacidade de investigar e de concluir”.

Montenegro salientou que este reforço de meios deve ser transversal a toda a administração pública, frisando que o seu Governo tem procurado valorizar as carreiras dos “polícias, forças de segurança, Forças Armadas, na área da saúde e da educação”.

O primeiro-ministro disse que decidiu proceder a essa valorização não apenas para responder às reivindicações dos diferentes setores, mas porque considera que se trata de “um desafio estratégico e estrutural da administração pública ter bons quadros, ter capacidade de reter e de motivar pela qualidade”.

“Porque, se a administração pública não tiver bons quadros, o trabalho também não vai ser eficiente e nós temos de perceber que, chegámos a um ponto no nosso país, onde é mesmo um uma exigência para os próximos anos - eu diria mesmo para as próximas décadas - fazê-lo e fomentá-lo”, afirmou.

Salientando que tem noção de que essa evolução já foi feita na PJ, Montenegro disse querer que ela se alargue “a todos os outros setores e também àqueles com os quais a PJ mais interage”.

“Não só o MP - o MP naturalmente, por força das circunstâncias e da relação que se estabelece entre as autoridades de investigação e a tutela de ação penal por parte do MP - mas com todas as outras entidades judiciais”, reiterou, numa cerimónia em que também participaram a ministra da Justiça, Rita Júdice, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, e o diretor nacional da PJ, Luís Neves.

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