Moody’s corta rating de Israel e avisa que poderá voltar a fazê-lo

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Moody’s considera que risco geopolítico se intensificou significativamente e que existem consequências negativas para a credibilidade de Israel perante escalar do conflito armado com Hezbollah.

A agência Moody’s cortou a classificação de Israel em dois graus, passando da “A2” para “Baa1”. Segundo a “Reuters”, enquanto o conflito continuar a escalar de intensidade no Médio Oriente, especialmente no Líbano, a Moody’s vai manter o outlook negativo.

“O principal fator para a redução [do rating] é a nossa visão de que o risco geopolítico se intensificou significativamente, para níveis muito elevados e com consequências negativas para a credibilidade de Israel a curto e longo prazo”, apontou a Moody’s na sua nota de avaliação, divulgada na sexta-feira.

Apesar da redução no rating, a avaliação de Israel ainda coloca o país de Benjamin Netanyahu no nível de investimento. Em caso de nova revisão negativa, a agência avisa que Israel pode perder a sua classificação de grau de investimento, o que pode acontecer perante as incertezas em relação à segurança.

A Moody’s adianta que existe a probabilidade de voltar a reduzir o outlook, “potencialmente em vários níveis, caso as atuais tensões com o Hezbollah se transformassem num conflito de grande escala”.

No mês passado, a agência de rating Fitch já tinha reduzido a avaliação do país de Netanyahu, passando de “A+” para “A”, mantendo o outlook negativo.

A agência de notação financeira apresentou esta redução devido ao conflito com o movimento palestiniano Hamas, lançando o alerta de que este poderá “durar até 2025”. A Fitch sustentou ainda que “há riscos de que se estenda a outras frentes”.

“Além da perda de vidas, poderá conduzir a despesas militares adicionais significativas, à destruição de infraestruturas e causar danos duradouros à atividade económica e ao investimento, conduzindo a uma maior deterioração das perspetivas de crédito de Israel”, referiu a agência.

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