Morre na prisão e corpo é entregue à família sem coração

O corpo de um recluso de 43 anos, que morreu na prisão do Alabama, nos EUA, no passado mês de novembro, foi entregue à família sem coração.

Conta o The Washington Post que, quando a mãe, Audrey South, foi informada da morte do filho, Brandon Dotson, e pediu que o corpo fosse entregue à família, os serviços prisionais responderam que primeiro este teria de ser autopsiado.

Quando o corpo chegou à funerária, cinco dias depois, estava "num estado de decomposição tão grave", como disse o agente funerário à família, que o velório teve de ser feito com o caixão fechado.

Perante tais dados, os familiares de Brandon decidiram contratar um médico-legal independente para realizar uma nova autópsia e descobriram algo ainda mais perturbador. O coração de Brandon tinha desaparecido.

"Saber que o corpo foi desrespeitado dessa forma é simplesmente horrível", disse ao The Washington Post a advogada da família, Lauren Faraino, acrescentando que os serviços prisionais "removeram e retiveram o coração [de Brandon] durante a autópsia, sem consentimento da família".

O caso já está a ser investigado. Questionado sobre o mesmo, pelo The Washington Post, tanto o estabelecimento prisional como o Departamento de Ciências Forenses do Alabama recusaram comentar.

Além da suposta negligência com o corpo de Brandon, os familiares acusam o estabelecimento prisional de não mater os reclusos em segurança, devido à sobrelotação do caso. Aliás, segundo estes, o norte-americano temia mesmo pela sua vida, depois de ter sido agredido por um outro criminoso.

Bradon, que cumpria pena de prisão por roubo, foi encontrado inconsciente na cela, no passado mês de novembro. Ainda chegou a ser transportado para o hospital, mas acabou por não sobreviver. As causas da morte ainda não foram divulgadas.

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