Morte do líder do Hamas dá "oportunidade importante" para fim da guerra

2 horas atrás 21

"Acredito sinceramente que a morte de [Yahya] Sinouar cria uma oportunidade importante para trazer os reféns para casa, acabar com a guerra e garantir a segurança de Israel", destacou Blinken durante o seu encontro com o Presidente israelita Isaac Herzog, após o seu encontro com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, transmitiu, por sua vez, a Antony Blinken que o seu país conta com o apoio dos EUA "depois de atacar o Irão" em retaliação pelo ataque com mísseis da República Islâmica sobre Israel em 01 de outubro.

Num diálogo em Telavive, o israelita abordou com Blinken "a agressão iraniana e as atividades terroristas do Irão através dos seus representantes em todo o Médio Oriente, [Gallant] sublinhou que" é importante que os Estados Unidos apoiem Israel depois de atacar o Irão", de acordo com um comunicado do seu gabinete.

"Isto fortalecerá a dissuasão regional e enfraquecerá o 'eixo do mal'", pode ler-se.

Blinken viaja na quarta-feira para a Arábia Saudita, para negociações sobre a normalização das relações entre Riade e Israel, enquanto faz um esforço para um cessar-fogo em Gaza, revelou hoje um responsável norte-americano.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos começou hoje mais uma viagem ao Médio Oriente em Israel e irá para Riade em vez de seguir para a Jordânia como anunciado anteriormente, por motivos de agenda, acrescentou a mesma fonte, que falou sob condição de anonimato.

Perante Benjamin Netanyahu, Blinken instou hoje o governante israelita a tomar "medidas adicionais" para permitir que a ajuda humanitária, controlada por Israel, "chegue aos civis de uma ponta à outra do território palestiniano cercado", de acordo com o Departamento de Estado norte-americano.

Netanyahu, segundo o seu gabinete, garantiu por sua vez a Blinken que a morte de Sinouar "poderá ter um efeito positivo no regresso dos reféns" detidos em Gaza.

Yahya Sinouar, considerado o mentor do ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra, foi morto a 16 de outubro por soldados israelitas. A sua morte foi um rude golpe para o Hamas, que Israel tinha prometido destruir.

Enquanto os dois líderes se reuniam, os ataques aéreos israelitas tinham como alvo os subúrbios do sul de Beirute, um bastião do movimento islamita libanês Hezbollah, em grande parte abandonado pelos seus residentes, um mês após a intensificação da guerra no Líbano, cujo número de mortos ultrapassa os 1.500 mortos.

Um vídeo da agência France-Presse (AFP) mostra um edifício de 11 andares a desabar depois de ter sido alvo de um míssil.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram hoje a morte, na Síria, de um alto funcionário responsável pelas "transferências de fundos do Hezbollah" e afirmou ter como alvo um bunker do grupo contendo "dezenas de milhões de dólares".

A guerra que dura há mais de um ano na Faixa de Gaza estendeu-se ao Líbano, onde Israel leva a cabo uma ofensiva terrestre desde 30 de setembro nas zonas fronteiriças do sul do país para neutralizar o Hezbollah e permitir o regresso de 60.000 habitantes do norte de Israel deslocados por disparos incessantes de 'rockets' durante um ano.

O Hezbollah reivindicou hoje ter disparado drones contra uma base militar perto de Haifa, no norte de Israel, e destruído sete tanques israelitas na fronteira, onde os combates eram intensos.

Leia Também: Após morte do líder do Hamas, Netanyahu e Blinken querem libertar reféns

Ler artigo completo