Na lista russa, constam vários ataques que Moscovo considera atos “terroristas”, nomeadamente eventos violentos que ocorreram no país desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Estão incluídos os atentados que mataram a filha de um nacionalista proeminente, um incidente em que um escritor ficou gravemente ferido e o ataque à ponte da Crimeia.
O Ministério afirma que a investigação demonstrou que “os vestígios destes crimes levam à Ucrânia”. Por isso, exige a Kiev que “prenda e extradite imediatamente” várias pessoas, incluindo Vasil Malyuk, chefe do SBU - Serviço de Segurança e de Informações da Ucrânia.“A Rússia entregou às autoridades ucranianas as suas exigências para a prisão imediata e extradição de todos aqueles ligados aos actos terroristas em questão”, lê-se no comunicado.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia reitera a acusação de que o ataque no recinto de concertos nos arredores de Moscovo tem ligação à Ucrânia. Porém, a responsabilidade foi assumida por um ramo afegão do Estado Islâmico.
Enquanto Kiev nega qualquer ligação ao ataque, investigadores russos anunciaram na semana passada ter encontrado provas de que os homens armados da sala de concertos estavam ligados a “nacionalistas ucranianos”.
O Ministério russo exige assim “que o regime de Kiev cesse imediatamente todo o apoio à atividade terrorista, extradite os culpados e compense as vítimas pelos danos”.
E acrescenta: “A violação por parte da Ucrânia das suas obrigações ao abrigo das convenções antiterroristas resultará na sua responsabilização em termos jurídicos internacionais”.Resposta da agência ucraniana
O SBU já reagiu afirmando que a exigência russa é “inútil” e “particularmente cínica vinda do próprio Estado terrorista”.